Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

A Iluminação Pública - Por Areobaldo Lellis Horta

Parque Moscoso, 1912. Coreto original e o busto de Henrique Moscoso ao centro. A Santa Casa de Misericórdia ao fundo - Fonte: Memória Capixaba

Vitória tem experimentado todas as variedades de iluminação, avançando ou retrocedendo conforme as circunstâncias de ocasião.

Quando ainda o Brasil estava sob o domínio lusitano, a 1° de fevereiro de 1817, era lavrado com João Teixeira Maia o primeiro contrato para a iluminação da cidade a azeite de mamona, devendo ser empregados neste serviço, quarenta lampiões, além dos que tivessem de ser utilizados nas repartições públicas. Nas noites de luar, não seriam eles acesos, pagando o Governo, por semelhante serviço, a quantia mensal de quatro mil quinhentos e cinquenta réis, correspondendo hoje a quatro cruzeiros e cinquenta e meio centavos. Mais tarde, quando já éramos país autônomo, foi pela lei provincial n° 30 de 1864, autorizado o governador da Província a contratar com Adrião Nunes Pereira e Francisco Rodrigues Pereira, a iluminação a querosene, serviço que, mais adiante, passou a cargo de Manuel Pinto Aleixo.

Foi suspensa a iluminação a querosene em 1864, para ser contratado com Manuel da Costa Madeira o serviço a gás, por ser a melhor proposta. Por esse contrato, obrigou-se o proponente a empregar duzentos focos de iluminação, tendo-se inaugurado o novo serviço em 1° de março de 1879. O gasômetro foi construído na Rua da Capixaba, em local de propriedade do contratante. Não chegou a um decênio o uso desse processo de iluminação, sendo substituído por querosene, marcando assim uma fase de retrocesso nesse serviço.

Como sempre, nas noites enluaradas, não eram acesos os lampiões públicos, sendo empregados os de tipo Belga.

Lembro-me bem do operário que, pela manhã, percorria a cidade, carregando ao ombro a escada e às mãos a lata de querosene, a fim de proceder à limpeza dos lampiões, e que voltava ao anoitecer, para o trabalho de acendê-los. Morava ele na Rua do Egito, em pequena casa, esquina com o beco que dava passagem à Barreira de São Gonçalo. Homem gordo, de rosto grande, tinha a alcunha de Claudino Bochecha.

 

Fonte: A Vitória do meu tempo – Academia Espírito-Santense de Letras, Secretaria Municipal de Cultura, 2007 – Vitória/ES
Autor: Areobaldo Lellis Horta
Organização e revisão: Francisco Aurelio Ribeiro
Compilação: Walter de Aguiar Filho/ maio/2020

Energia e Eletrificação

Energia - Por Aloísio C. Ramaldes (Engenheiro da Escelsa)

Energia - Por Aloísio C. Ramaldes (Engenheiro da Escelsa)

Observa-se que a eletrificação rural surge como necessidade prioritária, antes mesmo de estradas asfaltadas, telefonia rural e escolas

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Pioneirismo da Energia Elétrica no Espírito Santo

Em 1911 foi inaugurado o serviço de esgotos. No ano seguinte conclui-se os trabalhos de instalação dos bondes elétricos

Ver Artigo
A chegada da água e energia em Vitória

A potabilidade nas fontes era satisfatória. Restava a perenidade, que foi assegurada por testemunho em juízo. A preferência foi dada ao córrego Duas Bocas

Ver Artigo
A Iluminação Pública - Por Areobaldo Lellis Horta

Como sempre, nas noites enluaradas, não eram acesos os lampiões públicos, sendo empregados os de tipo Belga

Ver Artigo
Jerônimo Monteiro - Capítulo IX

Vapor no cais de Argolas em Vila Velha, descarregando os canos destinados a captar água do rio Pau Amarelo em Cariacica, para abastecim ento de Vitória, 1911.  APEES — Coleção Jerônim o Monteiro

Ver Artigo
Geração de energia elétrica começou no ES em 1903

A primeira iluminação pública de geração elétrica do Estado, e décima no país, aconteceu em 1903, em Cachoeiro

Ver Artigo