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Ano de 1869 – Por Basílio Daemon

Composição de Luiz Pizzol - logo abaixo da matéria estão as informações referentes

1869. Por decreto de 24 de março deste ano é removido da comarca de Jequitaí, em Minas Gerais, o juiz de direito bacharel Epaminondas de Souza Gouveia para a comarca dos Reis Magos nesta província,(711) entrando em exercício a 23 de agosto deste ano, sendo removido para a comarca de Viana, no Maranhão, a 4 de julho de 1874.

Idem. Por decreto de 12 de abril deste ano é removido da comarca de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, para a comarca da Vitória o juiz de direito bacharel Francisco de Souza Cirne Lima,(712) que entrou em exercício no dia 1º de novembro do mesmo ano, tendo-o deixado a 17 de abril de 1871, por ter sido nomeado chefe de Polícia do Pará.

Idem. Assume a Presidência da província em 8 de junho deste ano, o 1º vice-presidente coronel Dionísio Álvaro Resendo, por ter sido exonerado, a seu pedido, o presidente bacharel Luís Antônio Fernandes Pinheiro.

Idem. Por carta imperial de 28 de junho deste ano é nomeado presidente desta província o bacharel Antônio Dias Pais Leme, tendo prestado juramento e tomado posse do cargo a 17 de setembro do mesmo ano, sendo exonerado a 28 de dezembro de 1870.

Idem. Pela lei provincial nº 7, de 4 de setembro deste ano, e de conformidade com o título concedido pelo poder eclesiástico em ato de confirmação canônica da criação da freguesia do Alegre, fica a mesma denominada desde essa data Nossa Senhora da Penha do Alegre, e assim mudada a denominação dada em 1858 pela lei nº 22, de 23 de junho.

Idem. É criada, neste ano, pela lei provincial nº 21, de 20 de novembro, a freguesia de Santa Isabel, na colônia do mesmo nome, a qual esteve por muitos anos sem ser provida canonicamente.

Idem. É neste ano criado pela lei provincial nº 29, datada de 4 de dezembro, um estabelecimento de educação secundária para o sexo feminino, no qual se ensinasse também música, piano e prendas. Este estabelecimento teve posteriormente o título de Colégio Nossa Senhora da Penha, e a ele foi anexa a Escola Normal do sexo feminino.(713)

 

NOTAS

(711) “Por decreto de 14 de março do corrente ano foi removido para esta comarca o juiz de direito de Jequitaí, em Minas, Dr. Epaminondas de Souza Gouveia, sendo-lhe marcado o prazo de seis meses para entrar em exercício. Ainda não chegou.” [Relatório com que o Exm. Sr. presidente Dr. Luís Antônio Fernandes Pinheiro passou..., 8 de junho de 1869, Administração da Justiça, Comarca dos Reis Magos, p. 7]

(712) “Tendo sido, por decreto de 12 de abril do corrente ano declarado avulso o Dr. Dídimo Agapito da Veiga juiz de direito desta comarca foi nomeado para substituí-lo o Dr. Francisco de Souza Cirne Lima juiz de direito de Santo Antônio da Patrulha no Rio Grande do Sul...” [Relatório com que o Exm. Dr. presidente Dr. Luís Antônio Fernandes Pinheiro passou..., 1869, Administração da Justiça – Comarca de Vitória, p. 6]

(713) “Em virtude da lei provincial nº 29, de 4 de dezembro de 1869, contratou em 26 de setembro com D. Mariana Leopoldina de Freitas Carvalho, competentemente habilitada, o estabelecimento de um colégio de instrução para o sexo feminino na capital.” [Marques, Dicionário, p. 131]

 

Nota: 1ª edição do livro foi publicada em 1879
Fonte: Província do Espírito Santo - 2ª edição, SECULT/2010
Autor: Basílio Carvalho Daemon
Compilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2019

 

Nota do site:

Documentação histórico-fotográfica da primeira Escola Normal do Espírito Santo: em 1882 (foto de Joaquim Ayres), em 1908, em 1912, logo depois da ampliação (fotos do governo Jerônimo Monteiro) e em foto atual (internet). A construção foi iniciada por volta de 1879, logo depois da doação do terreno em 1873 pela Família Silva Cabral, vindo a sediar o Ateneu (ou Liceu) Provincial e a Escola Normal, quando essa foi criada em 4 de junho de 1892.

Entre 1911 e 1912 foi ampliada e desde então mantem as mesmas feições arquitetônicas, em estilo eclético, com influências do neoclássico. A denominação de Escola Normal Dom Pedro II passou a vigorar em 1925 e a de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maria Ortiz em 1970. Prédio tombado pelo Conselho Estadual de Cultura desde 1983.

Por José Luiz Pizzol.

Fonte: Grupo Fotos Antigas do Espírito Santo, Facebok.

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