Arte indígena em Anchieta
A igreja e a antiga residência de Anchieta foram construídas no século XVI pelo padre e os índios, com pedras e blocos de recifes sob argamassa de cal de mariscos e óleo de baleia. A pia batismal é um exemplo de arte indígena, que junto com as demais pias, toscas ou de mármore europeu, demonstram a preocupação pela preservação das tradições seculares da Companhia de Jesus. A Igreja de Nossa Senhora da Assunção e o Museu Nacional de Anchieta já passaram por obras de restauração.
Altares e imagens também têm valor histórico e sacro. No altar-mor fica a imagem de Nossa Senhora de Assunção, que mereceu de Anchieta o famoso poema de 1579. As imagens de São Francisco e Santo Inácio, ao lado do altar-mor, são outras obras de arte. O que mais chama a atenção é que a igreja é formada por três naves, fato raro na Brasil e nas igrejas jesuítas.
O museu guarda peças usadas pelo padre. Cartas, sermões, a famosa gramática da língua tupi, editada em 1595, o poema de Mem de Sá e uma série de monografias e trabalhos religiosos preservados, como o Poema da Virgem, com 5786 versos latinos e todo o material que integrou o processo de canonização de Anchieta.
Na cela tosca Anchieta meditou, cercado de imagens de Santa Rita, Santo Antônio e São Benedito. O quarto abriga a mesinha original, o castiçal de madeira para o círio pascal, o crucifixo em estilo bizantino e a imagem de Nossa Senhora do Rosário, que junto com a de Nossa Senhora de Assunção representam as peças mais importantes e de mais valor sacro e histórico do museu.
Fonte: A Gazeta 26 de setembro de 1994
Compilação e fotos: Walter de Aguiar Filho, setembro/2012
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