Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Cine Vitória

Cine Vitorinha

Localização: Avenida Capixaba, atual av. Jerônimo Monteiro, 370, Centro, Vitória.

Inauguração: 04 de outubro de 1950.

Capacidade: 380 lugares.

Período de funcionamento: 1950-198_.

Exibidor: Empresa de Cinemas de Vitória Ltda (Edgar Rocha).

 

Histórico: No dia 4 de outubro de 1950 a Avenida Jerônimo Monteiro ganhava uma sala que marcou muito o público capixaba, o Cine Vitória ou “Vitorinha” como era conhecido por causa de seu tamanho com 380 lugares. O cinema marcou a época por ser o primeiro da cidade a oferecer sessões contínuas a partir das 15 horas, e aos domingos e feriados a partir das 13 horas. O proprietário Edgar Rocha estava entrando no ramo de exibição de filmes e inaugurou a sala com o filme Bagdá.

 

José Tatagiba, freqüentador do Vitorinha, conta sobre práticas comuns na porta da sala que, por ter o faroeste na programação, atraía as crianças que viam no caubói o herói das telas de cinema. Nesta época era comum, aos domingos, as crianças se concentrarem na porta da sala para trocarem revistinhas.

 

Conta Tatagiba:

 

“Eu quando era pequeno, eu e os meus irmãos, a gente ia para a porta do Vitorinha ficar trocando revista, revista de faroeste. A gente ficava trocando revista antes do filme e depois assistia a sessão. Quando o filme acabava ia para casa ficar lendo aquelas revistas isso era mania geral de toda a criançada da época.

 

A gente limpava os quintais das casas só pra conseguir dinheiro para ir ao Vitorinha”.

 

O terreno onde funcionou o Vitorinha pertencia à Dionysio Abaurre (comerciante que entrou mais tarde para o ramo do cinema) construindo onde anteriormente funcionava o fundo de sua oficina de pintura de carros. O proprietário da sala Edgar Rocha percebeu que aquele lugar daria um cinema com grande potencial e resolveu fazer um acordo com Dionysio. Ficou decidido então que o terreno seria dividido em duas partes: na metade que estava de frente para a Avenida Jerônimo Monteiro funcionaria o Vitorinha e na outra metade, que dava para a Avenida Princesa Isabel, continuaria a funcionar a oficina.

 

Como posso entrar em contato com o Projeto CINEMAES?

Por e-mail:malverdes@gmail.com

Por telefone: (27) 9907-5955 (dias úteis das 10 às 20 horas)

 

O autor

 

André Malverdes nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, em 1972.

Veio para o Espírito Santo aos 7 anos onde vive até hoje. Formou-se em História, em 2000, especialização em História Social do Brasil, em 2002, Arquivologia, em 2004 e três anos depois concluiu o Mestrado em História Social das Relações Políticas na Universidade Federal do Espírito Santo. Durante sua graduação pesquisou a expedição Pietro Tabacchi (1872/1874) e o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. Durante a pós-graduação realizou a pesquisa sobre a história das salas de cinema do qual resultou esse livro, quatro exposições e diversas palestras na América Latina em eventos científicos. Atualmente é Professor Assistente do Departamento de Arquivologia da Universidade Federal do Espírito Santo, Membro

da Câmara Técnica do Patrimônio Arquitetônicos, Bens Imóveis e Acervos do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo, Associado Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e Coordenador do Projeto de Pesquisa Cinememória - A História das Salas de Cinema no Espírito Santo.

 

Compilação: Walter de Aguiar Filho, dezembro/2011



GALERIA:

📷
📷


História do ES

População e colonização no ES em meados de Século XIX

População e colonização no ES em meados de Século XIX

Santa Isabel ia em progresso. O presidente da província já denunciava, porém, a resistência dos colonos a que fosse ministrado o ensino de português aos seus filhos 

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Espírito Santo na 1ª História do Brasil

Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576

Ver Artigo
O Espírito Santo no Romance Brasileiro

A obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro

Ver Artigo
Primeiros sacrifícios do donatário: a venda das propriedades – Vasco Coutinho

Para prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda

Ver Artigo
Vitória recebe a República sem manifestação e Cachoeiro comemora

No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações

Ver Artigo
A Vila de Alenquer e a História do ES - Por João Eurípedes Franklin Leal

O nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto... 

Ver Artigo