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Civit, teu nome é Carapina

A criação da Civit abriu um grande espaço para indústrias de grande e médio portes

Embora tenha chegado um pouco tardiamente ao Espírito Santo, a moda do distrito industrial pegou firme no início da década de 70. O Centro Industrial de Vitória (Civit), implantado a partir de 1971 numa área do planalto de Carapina, no município da Serra, demorou para se enraizar. Apesar do elevado índice de mortalidade infantil entre as primeiras indústrias, hoje o Civit possui 90 projetos em operação, mantendo em torno de 5 a 6 mil postos de trabalho.

Contando outros 20 projetos em implantação, o Civit ainda tem disponíveis cerca de 40% dos 580 hectares que lhe pertencem. Se os primeiros 60% deram para 20 anos, a área restante não deverá bastar nem para os próximos 10. Responsável pela administração do Civit, a Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial (Suppin) torce, de certa forma, para que os novos projetos não se concentrem tanto no planalto de Carapina.

Primeiro, para não congestionar o distrito industrial metropolitano. Mesmo sem conceder as facilidades (preço e prazo de pagamento do terreno), o Civit tenderia a sofrer a polarização exercida pela Companhia Siderúrgica de Tubarão, localizada na divisa Serra-Vitória. Segundo porque, como parte do incipiente esforço governamental pela desconcentração econômica, a Suppin está aplicando a experiência adquirida no Civit para implantar cinco pólos semelhantes em Cariacica, Vila Velha, Colatina, Cachoeiro e Linhares. Os mais adiantados, em fase de criação, são os de Linhares e Vila Velha, ambos com área de um milhão de metros quadrados, cada um (o tamanho é equivalente a 1/6 do Civit). Em Cachoeiro; Cariacica e Colatina, os distritos ainda estão em estudos. Devem ter área menor, em torno de 600 mil metros quadrados cada um.

O sinal mais consistente do sucesso do Civit é a crescente dificuldade para administrar a convivência entre as indústrias e a população residente na vizinhança, outrora deserta. Francisco José Teixeira Garcia, superintendente da Suppin, lembra que o conflito pode ser exemplificado com o lixo.

No começo, algumas indústrias foram mal localizadas, contribuindo de alguma forma com a poluição do meio ambiente. Agora que a Suppin, com a interveniência da Secretaria de Estado de Assuntos do Meio Ambiente (Seama), preocupa-se em evitar projetos poluentes, os moradores de bairros como Laranjeiras, Feu Rosa e Castelândia jogam lixo nos terrenos vagos.

Como os arredores do Civit concentram mais de 100 mil habitantes – população superior à existente na sede do município da Serra -, tornou-se quase impossível para a máquina municipal dar conta de todos os problemas gerados pela rápida urbanização do planalto de Carapina. Por isso e por outros motivos, a direção do Civit trabalha na criação de outros pólos. Até agora, a única experiência de descentralização foi realizada em Vila Velha, onde a Suppin criou um micropolo de confecções.

 

 

Fonte: A Gazeta, Documento Estado, 26/10/1992
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2015

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