Colatina Capital de ES - Revolta do Xandoca
No período de 1908 a 1930, houve apenas duas pequenas crises sucessórias. Nada, porém, que pudesse pôr em risco a manutenção da soberania do monteirismo. A primeira ocorreu no início do governo de Bernardino Monteiro (1916) e a outra foi no final de seu mandato (1920).
Na primeira crise, um grupo de deputados capixabas rompeu com a oligarquia dominante, tentando impor o nome de um líder político do norte do Estado como presidente. Derrotados na pretensão, proclamaram um novo governo estadual em Colatina, que foi elevada à condição de “capital provisória” pelos revoltosos. Foi um movimento isolado que, sem sustentação política, dissolveu-se por si mesmo. O episódio ficou conhecido como Revolta do Xandoca, pois seu líder foi o deputado Alexandre Calmon.
O processo sucessório sofreu um novo abalo em 1920, quando dois irmãos do clã Monteiro, Jerônimo e Bernardino, disputavam a liderança familiar e oligárquica. Jeronimistas e bernardinistas apoiavam candidatos diferentes à presidência estadual. A “capangada” em armas, da facção jeronimista, tentou tomar o palácio do governo de assalto, para impedir a posse do candidato eleito, Nestor Gomes. Houve tiroteios, perseguições e mortes. Por todo o Estado registraram-se confrontos entre os dois grupos. Para apaziguar a situação foi necessária a intervenção do governo federal. O presidente da República, Epitácio Pessoa, após consultar a Comissão Verificadora de Votos do Congresso Nacional, confirmou a vitória de Nestor Gomes, que foi empossado.
Jerônimo Monteiro perdeu a batalha pela hegemonia familiar. Este racha interno o afastou do centro do poder estadual. A partir de 1920, o único cargo político que ocupou foi o de senador da República. No entanto, embalado pelos acontecimentos em nível federal, voltou à cena pública estadual em 1930, organizando a oposição ao governo de Aristeu Borges de Aguiar.
O importante é que, com qualquer membro da oligarquia Monteiro no poder, o Estado estaria a serviço dos cafeicultores, dos coronéis.
Fonte: Livro História do Espírito Santo - uma abordagem didática e atualizada 1535 - 2002
Autor: José P. Schayder
Compilação: Walter de Aguiar Filho, novembro/2014
Iriri. Deriva de reri ou riri, ostras, mariscos que se encontra em toda costa espírito-santense. Irirí vem a ser portanto local onde há abundância de ostras
Ver ArtigoAssim nasceu o Liceu, no prédio da fábrica de papéis, na rua Moreira nº 170, depois do desmonte e alienação do maquinário daquele empreendimento industrial
Ver ArtigoNo ano de 1886, administrada pelo doutor Antônio Athayde, foram feitos os reparos, sendo a obra dividida em três lances unidos por um aterro
Ver ArtigoBiscoitos Alcobaça. São produtos da Fábrica Alcobaça, de propriedade da firma “Ramiro S.A. Indústria e Comércio”, instalada no Município de Espírito Santo (Vila Velha), com depósitos em Vitória
Ver Artigo1) A saudação. Trata-se de uma exclamação de cunho amistoso, usada para saudar amigos e conhecidos. É representada por um “Ei!” pronunciado com uma entonação especial de voz
Ver Artigo