Crise – Armando os engenhos

Enquanto isso, o povo enfrentava as maiores dificuldades na terra capixaba. Basta dizer que, em 1552, a capitania não rendia o suficiente para pagar ao padre Gomes Ribeiro, deão da Sé e cabido da cidade do Salvador e procurador do bispo, a quantia de 8$500, “que lhe eram devidos dos dízimos das miunças, que pertencem ao dito (sic) Bispo, e Cabido”. À margem do livro em que foi registrado esse mandado do provedor-mor, lê-se que só em 1554 se resgatou a dívida.(35)
O governador geral, por intermédio do provedor-mor, em 1553, determinou providência tendente a proporcionar maior segurança aos engenhos do Espírito Santo. Por mandado de dez de março desse ano, determinou ao provedor da capitania que entregasse aos proprietários ou feitores daqueles estabelecimentos toda a artilharia que houvesse mister, contra pagamento dentro do prazo de doze meses.(36)
Medida inspirada pela previdência da administração. Resultado evidente da viagem do governador geral às capitanias do sul – pois que lhe permitiu ver “quão desprovidos estavam os Engenhos da artilheria necessaria para a sua defensa” – tornou-se, para muitos dos beneficiados, um incentivo às suas tendências desumanas, levando-os a coagirem, mais e mais, os pobres índios à escravidão.
NOTAS
(35) - DH, XXXVIII, 109-10.
(36) - DH, XXXVIII, 116-7.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2018
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