Morro do Moreno: Desde 1535
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Crônica Campeã

Morro do Moreno e Convento

O texto abaixo ficou em 1º lugar no concurso literário promovido pela Prefeitura de Vila Velha em 2002. Por indicação da internauta Terezinha Malaquias Simões, entramos em contato com a autora, Lacy Thomazini de Oliveira, funcionária aposentada da Prefeitura, e publicamos aqui a emocionante crônica do Moreno, para que todos conheçam mais uma grande mulher, nesse mês de março, que homenageia as Mulheres.

Certa vez subiu numa montanha onde podia contemplar a bela cidade onde morava. Sentou-se e começou a sonhar, sonhar...

Imaginou ser um grande príncipe que tinha em suas mãos todo poder desejado e que a sua cidade seria uma linda princesa. Os dois podiam passear de mãos dadas e também desfrutar de toda beleza que a natureza podia lhes oferecer.

Foi aí que ele pensou ser um rochedo bem alto, o qual poderia ser visto por todos, principalmente por sua amada.

Seria conhecido por sua grandeza e foi assim que lhe deu o nome: Moreno Morro do Moreno. Majestoso e forte como o desejo de ser escritor. Sua amada estaria sempre sob seus olhos, onde ele pudesse defendê-la de todos os perigos. Era tão alto que poderia ser visto de todos os lados.

Sua princesa tinha filhos e filhas de todas as raças, fracos e fortes, pobres e ricos e todos eram muito importantes para seu amado.

Suas praias eram as mais belas que vira, parecia uma linda cabeleira que quando o vento tocava, exalava um perfume suave que era apreciado por todos.

Suas areias, um grande véu o qual era tocado pelo vento e o barulho de suas águas pareciam o cochichar de carinhos aos seus ouvidos e as ondas embalavam o mais novo rebento. Flutuavam sobre suas águas navios de todos os países e todos admiravam.

Suas casas nobres, casarões, sobrados, edifícios, casebres e palafitas, todos de grande valor para minha amada.

Igrejas, templos, paróquias, capelas e Convento, sempre cheio de gente num vai-e-vem sem fim.

Pessoas que trabalham, passeiam, vadiam, cantam, choram, dormem, sonham, nascem e morrem. Todos estão indo e vindo, um após o outro.

E assim vive a minha cidade, convivendo com gente de todas as raças. Escolhida pelas andorinhas do mar para renovação da espécie e preferida pelos jesuítas para manifestação de fé.

Cidade calma de gente simples e povo calado.

Está sempre como noiva adornada a sorrir para o seu noivo moreno.

Foi assim que o poeta sonhou e quando acordou disse:

- Ah! Minha Vila Velha! Não tenho palavras para descrever tamanha beleza. Quem me dera ser escritor, escreveria um livro para você que é tudo para mim."

"Quando morrer, quero ser enterrado aqui..."

* Escrito pela pessoa que sentiu o sonho do poeta. Vila Velha, ES, 23 de maio de 1993.

 

A HISTÓRIA DE UM POETA QUE SONHAVA SER ESCRITOR
Autora: Lacy Thomazini de Oliveira

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