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Iconha surge de Benevente - Por Luciana Maximo

Até 1924, a sede do município era Iconha, mas os documentos eram assinados como Município de Piúma

Até 1924, a sede do município era Iconha, mas os documentos eram assinados como Município de Piúma. Com a Lei Estadual n. 1428, de 03 de julho de 1924, o município de Piúma passou a denominar-se de Município de Iconha.

Iconha emancipou-se no dia 03 de julho de 1924, até então a sede era em Piúma

Narrar um pouco da história de Iconha é mergulhar na de Piúma, ambos eram um só município, os historiadores afirmam. Porém, Iconha teve início nas povoações de Piúma, o Orobó - eram aldeias de índios Puris, fundadas pelo Padre José de Anchieta, sendo Piúma em, 1565 e 1567 e Orobó em 1850. Orobó teve início com a construção da Capela de Nossa Senhora de Bom Sucesso, onde atualmente nada resta, nem ruínas.

O escritor, Idalgizo Simão, na obra História de uma Civilização descreve que Piúma era distrito de Anchieta, antigo Benevente, criado pela Lei Provincial n° 14 de 04/05/1883, com antigo nome de Nossa Senhora da Conceição de Piúma, cresceu tornando a sede do município do mesmo nome. Sendo porto de mar, o seu comércio se desenvolveu, recebeu grandes e ilustres visitantes e na povoação residiam pessoas cultas que mantinham relações com outras regiões do Brasil e da Europa.

Chama atenção Idalgiso, que todas as cidades brasileiras mais antigas, do interior, surgiram no terminal da navegação pelo rio, assim aconteceu a Iconha, no século passado. Ele assegura em sua obra, que o primeiro a percorrer a região central e montanhosa de Iconha foi o imigrante alemão, Henrique Francisco Christiano Bouguinon, vindo de Frankfurt, Alemanha.

Simão, assegura ainda que as primeiras concessões de terras foram feitas no reinado de D. João VI, em 1818 e a seguir outras foram feitas a Midose e à firma Inglesa Rodacanack & Cia, com sede em Londres, Inglaterra, para exploração de madeiras, pois era proprietária de uma serraria em Piúma e Monte Belo, onde ainda existem vestígios.

Na Obra Didática "Iconha: Nosso Município", dos autores: Aldieris Braz Amorim, Betraiz Valiati, Maria Helena Longue, Maria Helena Petersen, Olimar Garcia e Sonia Maria Mulinari, eles explicam que Iconha era coberta por matas e os primeiros habitantes foram os índios, mais tarde, outros povos chegaram para extrair madeira, sendo que muitos acabaram ficando e povoando o município.

Era um pequeno povoado, com casas muito simples, feitas de madeira, onde é Piúma, haviam mais pessoas. Ressaltam os escritores que, muitas famílias que vieram da Inglaterra eram protestantes e por isso, fundaram na localidade de Bom Destino, a primeira igreja Batista de Iconha, em 1905. As primeiras religiões que surgiram em Iconha foram a Católica e a Batista, a primeira trazida pelos portugueses.

Iconha não ficou apenas na extração de madeiras. As empresas que compraram os produtos da região aumentaram seus negócios e colocaram filiais em Piúma e Iconha. Um das primeiras firmas foi a empresa Natividade e, junto com ela, veio o empregado Antônio José Duarte, que bem depois acaba se tornando o coronel mais respeitado em Iconha.

Em 1873, foi construída a primeira grande construção, uma olaria. Três anos depois surgiu a primeira casa comercial de Iconha, Natividade, que comprava matéria prima da pequena população e levava para o Rio de Janeiro. Em 1879, Antônio Duarte se tornou o dono da empresa e iniciou um novo tempo, com muitas mudanças.

 

Fonte: Jornal Espírito Santo Notícias – 15/07 a 30/07 de 2015 – 2º quinzena, nº 87
Caderno Especial: Iconha – 91 anos de Emancipação Política
Autora: Luciana Maximo
Compilação: Walter de Aguiar Filho, agosto/2015

 

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