Moqueca Capixaba - Por Renata Bomfim

Ela vai sendo aquecida, lenta e
delicadamente em fogo brando.
Sobre a mesa, o namorado,
temperado com amor, espera.
Pretinha de barro, filha de índio,
Seu colo acolhe o fruto do mar.
Fervilhante emana seu odor,
Esperam-na todos, deleitantes.
Um bom vinho, à mesa,
Um silêncio respeitoso,
As bocas anseiam e marejam
como velas errantes ao mar.
E o namorado vai sendo devorado,
transubstanciação, pode-se sentir o
Espírito Santo no céu da boca.
Divina moqueca capixaba!
Fonte: Vitória, Cidade Sol – Escritos de Vitória nº 25, Academia Espírito-Santense de Letras e Secretaria Municipal de Cultura, 2008
Autora: Renata Bomfim
Artista Plástica (UFES). Especialista em Arteterapia na Saúde e na Educação (UCAM/R.I) e em Psicossomática (FACIS/SP). Mestranda em Estudos Literários (UFES). Contadora de histórias e Poeta.
Compilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2020
Lembro de alguns com a presença de Affonso Queiroz do Valle, Evanildo Silva, Luiz Paulo Dessaune, Reynaldo Broto e Vânia Sarlo
Ver ArtigoLogo, nele pode existir povo, cidade e tudo o que haja mister para a realização do sonho do artista
Ver ArtigoO negro vem a ser, por isso, apesar de todas as vicissitudes que enfrenta, o componente mais criativo da cultura brasileira e aquele que, junto com os índios, mais singulariza o nosso povo. *
Ver ArtigoA Literatura Capixaba, excetuando-se a poesia, sempre foi feita pela burguesia - beletrista por excelência
Ver ArtigoQuem já brincou o carnaval de rua de Vila Velha, com certeza tem na memória os registros do Bloco Unidos do Quintal, da década de 70
Ver Artigo