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Novo barão explorou areias monazíticas até em Vitória

Praia do Suá, década de 40

Além da Mibra, outra empresa atuava na extração e beneficiamento de monazita e ilmenita no Espírito Santo: a Orquima (Indústrias Químicas Reunidas), com sede em São Paulo. Seu proprietário, Augusto Frederico Schmidt, também foi convocado a depor na CPI da Energia Atômica, quando se recusou a divulgar os nomes dos principais acionistas da empresa.

Schmidt era bastante influente no meio político, foi assessor direto e amigo pessoal do presidente Juscelino Kubitschek e, depois, do general Humberto Castelo Branco, primeiro presidente da ditadura militar.

Enquanto que a Mibra de Boris concentrava a exploração de monazita ao Sul do Espírito Santo, a Orquima obteve licença para extração na faixa que seguia de Vitória até o extremo norte capixaba, em Conceição da Barra, além do Sul da Bahia.

As jazidas com maior atividade ficavam em Carapebus, na Serra, mas também há registros de retirada de areia até mesmo na Praia do Suá (Vitória), Nova Almeida, Regência (Linhares) e São Mateus. Mais tarde, a empresa também explorou areias de Ponta da Fruta, em Vila Velha.

O relatório final da CPI da Energia Atômica, de qualquer modo, acabou por não atingir criminalmente nenhum dos empresários nem autoridades.

 

Fonte: Jornal A Gazeta, A bomba atômica de Guarapari, 30/08/2015
Autores: Aglisson Lopes e Natália Bourguignon
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2016

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