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O reinado do café - O plano industrial de Jerônimo Monteiro

Usina de Açúcar

O café não gerou um processo industrial no Espírito Santo, mas financiou um plano industrial criado pelo presidente da Província, Jerônimo Monteiro, que governou no período 1908-1912. O plano era sofisticado para a época, pois integrava vários setores na exploração de recursos naturais do Estado.

O plano fracassou parcialmente, em parte por causa da eclosão da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), em parte porque a proximidade da indústria do Rio inibia os investimentos. O projeto mais bem-sucedido foi o da Usina Paineiras, em Cachoeiro do ltapemirim, que tornou realidade uma velha aspiração da região: a ligação ferroviária entre Itapemirim e Cachoeiro, inaugurada em 1919. A Usina Paineiras, que produzia açúcar e álcool, foi o maior investimento público realizado na época pelo Espírito Santo.

Também deram certo a usina de cimento, que aproveitava as jazidas de calcário do Estado e parou em 1957, depois de quarenta anos de operação; e a fábrica de tecidos, inaugurada em 1914 e fechada em 1980.

A serraria, ultramoderna, foi atrapalhada pela guerra, que desorganizou o mercado da madeira. E nunca mais se recuperou. A indústria de papel também não saiu. Finalmente, por falta de matéria-prima - já que ninguém plantou algodão —, não se construiu a fábrica de óleo de algodão.

Não era grande coisa, mas foi com essa indústria do início do século financiada com recursos gerados pela cafeicultura, que o Espírito Santo chegou aos anos 60, quando um novo plano de desenvolvimento econômico seria experimentado no território capixaba.

 

Fonte: O reinado do café, A Gazeta 31/08/1992
Pesquisa e textos: Geraldo Hasse, Linda Kogure e Abmir Aljeus
Fotos: Valter Monteiro e Tadeu Bianconi
Concepção gráfica: Sebastião Vargas
Ilustração: Pater
Edição: Orlando Eller
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2016

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