Morro do Moreno: Desde 1535
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Os loiolistas, fatores de progresso para o ES

Palácio Anchieta, 1908.

Em 1573, os jesuítas deram início à construção de sua imponente igreja: “de mais de cem palmos de comprido, fora a capela, e quarenta e cinco de largo”.(31) Não existindo pedreiro na terra, as paredes foram feitas de taipa, mas os fundamentos, de pedra e cal. Os próprios padres da Companhia dirigiram a obra, auxiliados por Belchior de Azeredo e toda a gente principal, que “com suas próprias mãos [ajudaram] a trazer pedras grandes para os alicerces”.(32) Foi assim, com o adjutório de grandes e humildes, de senhores e escravos, e graças ao naufrágio que obrigou o padre Luís da Grã e seus companheiros a uma longa demora na vila da Vitória,(33) que se levantaram as primeiras paredes do templo que, mais tarde, acolheria os restos mortais de José de Anchieta.

Os inacianos continuavam o apostolado das letras. Em 1571, ministravam ensino aos “meninos portugueses, que serão quarenta”.(34)

 

NOTAS

(31) - Carta de INÁCIO TOLOSA, apud SERAFIM LEITE, HCJB, I, 222.

(32) - “Todos mandam os seus escravos para a obra. Outros mandam as coisas necessárias para nosso mantimento e da gente que trabalha. Uma pessoa nos tem dado três bois. E com andarem quase cinqüenta pessoas nas obras, com a gente da casa, toda se sustenta de esmolas, que é para espantar em Capitania tão pequena, onde há mais gente pobre que rica”

(Carta de INÁCIO TOLOSA, apud SERAFIM LEITE, HCJB, I, 222).

(33) - Os padres Tolosa (provincial), Luís da Grã, Antônio da Rocha, Vicente Rodrigues, Fernão Luís, e os irmãos Bento de Lima e João de Sousa, no dia mesmo (vinte e oito de abril de 1573) em que deixaram o Espírito Santo rumo ao norte, naufragaram na foz do rio Doce.

O navio e tudo quanto levavam perderam-se, obrigando os náufragos a regressarem ao porto de partida (LEITE, HCJB, I, 221-2).

(34) - Brasiliae Historia 1549-1599, apud LEITE, HCJB, I, 224.

 

Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, junho/2017

História do ES

R A R I D A D E

R A R I D A D E

O livro de Pêro de Magalhães de Gândavo - Tratado da Província do Brasil teve como seu impressor António Gonçalves que foi o impressor da primeira edição de Os Lusíadas, de Luís de Camões em 1572. Começou a trabalhar na oficina de Germão Gallhardo mas em 1566 já possuía tipografia própria em Lisboa, à Costa do Castelo. Trabalhou até 1576, tendo executado entre outras, obras de Jerónimo Osório e Pero Magalhães Gândavo.A folha de rosto da História da Província de Santa Cruz tem um pórtico com o título e um brasão de armas com as iniciais J. L. do gravador Jerónimo Luis.

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