Pelames – Por Elmo Elton

Tendo assumido o governo da província o coronel José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, a 7 de março de 1858, visto encontrar-se enfermo o presidente Dr. Olímpio Carneiro Viriato Catão, que veio a falecer a 23 de abril, passou o mesmo a interessar-se vivamente pela melhoria dos logradouros públicos da cidade, tanto assim que, mediante a Lei n° 27, de 20 de julho daquele ano, desapropriou, nos Pelames, terrenos e casas, a fim de transformar o local em praça.
Nos Pelames, antigo charco, em parte aterrado pelo governador Rubim, funcionava um curtume, daí advindo a designação que se dava a essa área. O Cel. Monjardim deu ao local novo aspecto, nele instalando um chafariz e tanque de lavar, além de arborizá-lo com mangueiras, amendoeiras e palmeiras imperiais, uma delas tendo resistido até os anos 60, quando foi derrubada por administrador menos sensível às coisas tradicionais da cidade.
Em 1860, entre demais melhoramentos realizados em Vitória, providenciou-se o saneamento da referida área, tendo decidido o Conselho, em homenagens ao então presidente do Estado, denominar Afonso Cláudio a praça beneficiada. O mandatário não aceitou tal homenagem, sugerindo fosse a mesma denominada Paula Castro (atual Praça Ubaldo Ramalhete Maia), já que esse militar muito concorrera para o êxito dos trabalhos aí procedidos. Dois outros logradouros surgiram, no espaço antes chamado Pelames, — as ruas Coutinho Mascarenhas e Gama Rosa.
Manoel Ribeiro Coutinho Mascarenhas, deputado provincial por muitas legislaturas, exerceu, várias vezes, o cargo de vice-presidente da província, tendo exonerado, na gestão de 1873, todos os funcionários que exerciam cargos cumulativamente.
Luiz Gama Rosa, capitão de fragata, primeiro capitão dos portos do Espírito Santo, dirigiu por muitos anos a provedoria da Santa Casa de Misericórdia.
Fonte: Logradouros antigos de Vitória, 1999 – EDUFES, Secretaria Municipal de Cultura
Autor: Elmo Elton
Compilação: Walter de Aguiar Filho, janeiro/2017
Era considerada, até os anos 40, como ponto nobre da cidade. Teve belas residências, destacando-se sobretudo a Vila Oscarina, palacete de propriedade de Antenor Guimarães
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