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Produtor sugere conselho para gerir eletrificação

Carlos Lindenberg Filho

A criação urgente de um conselho, ou comissão, responsável pelas diretrizes da política de eletrificação rural no Estado. Esta é a reivindicação que faz o diretor da Federação da Agricultura e produtor rural Carlos Fernando Lindenberg Filho, por entender que somente desta forma poderá haver um melhor direcionamento na execução de um programa regional.

Ele entende que um desses dois organismos poderia uniformizar o cronograma de eletrificação rural no Estado, "eliminando certas disputas internas a nível de governo, além de estabelecer com maior precisão as verbas, tipos de financiamento e linhas de trans-missão a serem implementadas".

Observa também que hoje existem diversos órgãos envolvidos no programa de eletrificação no Estado, como a Secretaria do Interior e Transportes, Escelsa, a Santa Maria, Secretaria de Agricultura, Geres, Bandes e Banestes, mas sugere que eles passem a estudar com carinho a criação de uma comissão específica destinada à coordenação do programa estadual de eletrificação, "o que é, por sinal, uma antiga reivindicação dos produtores".

Considera ainda que no I Encontro Estadual de Eletrificação Rural, que será realizado justamente hoje, no auditório da Rede Gazeta, encontra-se uma oportunidade ímpar para o aprofundamento dessa discussão, além de outros itens que reputa como relevantes. Ou seja: a avaliação da qualidade da energia e o tipo de ligação elétrica a ser efetivada.

Carlos Lindenberg salienta que há problemas de toda ordem. Um deles diz respeito à instabilidade das linhas que levam energia para o campo, "que com muita freqüência apresentam quedas de tensão, interrupção no fornecimento, que por conseqüência prejudicam o funcionamento dos motores de nossas indústrias rurais. Este tema, acredito, deverá também receber uma atenção especial durante o I Encontro Estadual de Eletrificação Rural".

Outro problema que julga necessário a ser levado em conta pelas autoridades é a definição do tipo de ligação elétrica, já que a energia monofásica é bem mais barata que a trifásica e pode, por isso, beneficiar um número maior de propriedades. "Mas existem restrições a este tipo de ligação, já que em algumas regiões ela pode atender às necessidades, em outras não. Diante disso é que reforço o apelo para a criação de um conselho ou comissão estadual, que teria condições de avaliar melhor os meios e formas a serem postos em prática"

 

Fonte: A Gazeta, 10/04/1986
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015

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