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Viagem ao Espírito Santo (1888) - Princesa Teresa da Baviera (PARTE I)

Índios Botocudos

Hoje de manhã nós três saímos do Rio de Janeiro a bordo do vapor Maria Pia, da Companhia Espírito Santo Campos, em direção a Vitória, a capital da província do Espírito Santo. Nosso único criado permaneceu no Rio, pois a viagem que tínhamos a nossa frente teria sido muito dificultosa para ele. No início, o nosso curso ia na direção leste, a seguir na direção nordeste e, para chegarmos à meta, tivemos que percorrer mais uma vez um trecho do caminho que já havíamos percorrido há duas semanas da Bahia ao Rio.

Mas não foi possível evitar isso, pois, em primeiro lugar o nosso navio naquela ocasião não aportou em Vitória, e em segundo lugar, naquela data ainda não estávamos pensando neste projeto da viagem atual. Essa ideia só amadureceu no Rio de Janeiro e tinha a finalidade de visitarmos tanto a mata virgem costeira quanto os índios botocudos(8) que ali vivem. Essa nossa excursão devia nos servir de substituição para a cavalgada de Santo Amaro e para a viagem pelo rio Negro, que tinha como objetivo visitar a tribo dos crichanás(9), e que não se realizou.

Antes do meio-dia, viajamos ao longo da costa sul e ficamos extasiados pela visão de suas cadeias de montanhas. Mas na parte da tarde a névoa, muito frequente nesta costa nesta época do ano, tirou-nos toda a visão. O nosso navio Maria Pia balançava muito, pois era menor do que o vapor do Bodensee(10) e nós não tínhamos somente um estreito à nossa frente, mas também as ondas se tornaram muito fortes ao retornarem da terra próxima. Muitos dos passageiros não conseguiam ficar em pé, e um deles, que foi jogado ao chão, engatinhou até o seu assento. Amanhã deveremos ver a costa do Espírito Santo.

Essa província, a segunda menor do Brasil, ainda assim abrange uma superfície de 44.839 km(11) e, sendo assim, tem mais ou menos o tamanho da Suíça. Ela se situa entre 18° 5’ e 21° 18’ na latitude sul e apresenta uma extensão costeira de 428 km. A sua extensão de leste a oeste é pequena. O Espírito Santo representa o território litorâneo para Minas Gerais não banhado pelo mar, mas a deficiência das estradas ainda não permite que seja reconhecido como tal. Toda a extensão da província recai na Zona da Mata virgem costeira e não há nenhuma espécie de campo. As partes mais belas da mata virgem brasileira que se estendem ao longo da costa se situam dentro de seus limites, ou seja, ao sul e ao norte, ao passo que os trechos da parte central não possuem essa vegetação de mata abundante. A característica dessa terra é predominantemente montanhosa. Ela é fechada principalmente em direção ao centro e, ao longo de todo o limite oeste, de sul a norte, se estende a serra do Mar. A parte norte desse trecho leva o nome de serra dos Aimorés. A leste, na costa e nas margens dos rios maiores, mais precisamente aos 20° na latitude norte, estendem-se grandes planícies. Mais ao sul, segue a cadeia de montanhas costeiras que distende suas extremidades finais até perto da costa.

Até o momento ainda não foram feitas muitas observações, nem publicados muitos estudos sobre o clima do Espírito Santo que pode ser considerado como quente em seu todo, úmido e insalubre nas costas e nas baixadas dos rios, mas agradável e saudável no interior da província e nas camadas mais elevadas. A provável isoterma anual, ou seja, a temperatura anual média dos trechos costeiros(12) é de 24° C. No rio Doce, na época quente do ano, o calor se eleva com frequência para 35° C. Santa Isabel, que pertence à região montanhosa do interior, tem uma média de temperatura anual de 22,5° C, e em Santa Leopoldina, que apresenta uma situação semelhante, o termômetro nunca baixa de 15°C(13). Na costa são registradas chuvas ao longo de todo o ano, entretanto e no verão chove bem mais do que no inverno. Os meses mais secos em toda a província são junho, julho e agosto. Com relação à agricultura, o Espírito Santo ainda está muito atrasado, pois somente poucos trechos de seu solo muito fértil estão cultivados. Das culturas, encontramos principalmente os cafezais, para os quais a constituição do terreno é muito adequada, e que estão aumentando cada vez mais. Além disso, são cultivados cana-de-açúcar, algodão, mandioca, milho, diversos tipos de batatas e outras plantas úteis. Nessa terra constituída praticamente apenas de mata, pouco se pode falar em agropecuária. Em contrapartida, as matas são exploradas para uso na construção e outras utilidades, entre as quais as conhecidas paliçadas(14).

O lento desenvolvimento da província, que em si é bastante rica, deve ser atribuído ao baixo número de estradas, que não permitem, ou permitem com muita dificuldade, o transporte de produtos do interior para a costa e dali para os locais de exportação.

Em decorrência disso, também o comércio ainda não conseguiu se desenvolver muito bem. Em 1885-1886, o valor do faturamento de mercadorias em toda a província atingiu somente cerca de 6.400.000 marcos(15). Dessa soma, a maior parte se refere à importação de outras províncias, enquanto o valor das transações comerciais com o exterior foi apenas um pouco acima de um terço da soma total.

A população do Espírito Santo é pequena, contando com apenas 121.562 habitantes. Sendo assim, não vivem mais do que três pessoas num quilômetro quadrado. Os brancos não estão representados em grande número, somando apenas 32% da população, e também os mestiços, com 33%, não são muitos em comparação aos que vivem na maior parte das outras províncias. Os negros, 27%, somados em números relativos, ficam apenas atrás dos do Rio de Janeiro. Também é notável o número relativamente alto de índios civilizados, que é superado somente pelos que vivem nas províncias do Amazonas e do Mato Grosso. Oito por cento (8%) da população referente a esses indígenas dividem-se em três grupos de povos: os goitacás, os gês (ou tapuias) e os tupis(16). Além disso, ainda existem muitos indígenas selvagens no Espírito Santo. Eles vivem livres nas matas virgens das regiões oeste e norte, em parte ainda completamente inexploradas, ao passo que os brancos e os outros civilizados dominam apenas as costas, avançando lentamente pelas margens dos rios para dentro da interminável mata virgem. Os silvícolas pertencem a dois grupos diferentes. Aqui encontramos os cotoxós, os botocudos e outros do grupo dos gês, bem como puris do grupo dos goitacás. Os botocudos se assentaram no oeste e no norte, e os puris mais ao sudoeste. De todas essas tribos, os botocudos são a mais importante e também a que mais nos interessa, pois a nossa visita aos indígenas do Espírito Santo deve-se principalmente a esta tribo.

Os botocudos, que antigamente eram conhecidos sob o nome de aimorés (eles mesmos se denominavam burus), são contados em número aproximado de 7.000 e se dividem em diferentes tribos. Essas tribos portam diversos nomes e vivem em constantes conflitos entre si. Possuem ocas muito distantes uma da outra. Ao norte, nós os encontramos espalhados até perto de Ilhéus, na província da Bahia; no oeste, até o centro de Minas Gerais, onde se estendem as extremidades da mata virgem costeira, ou seja, quase na serra do Espinhaço; ao sul, no Espírito Santo, no mínimo até o rio Doce; e a leste, em trechos isolados até perto da costa. Antigamente eram encontrados ao sul, no rio Preto, a 22° da latitude sul. Estudiosos brasileiros citam também alguns nas províncias do Paraná e Santa Catarina(17). No rio Doce, os botocudos ainda ocupam algumas das ocas, onde foram encontrados pela primeira vez há centenas de anos. Eles estão muito próximos da raça original, no mínimo próximos ao homem pré-histórico do Brasil(18). O tipo de seu crânio é baixo, a sua capacidade craniana também é baixa, aproximando-se da dos australianos e dos habitantes da Nova Caledônia. Os homens, em sua média, são autênticos prognato-dolicocefálicos, com um índice de largura de 73,75(19), ao passo que as mulheres, com um índice de largura de 75,36, fazem parte dos mesocefálicos(20).

As testas dos botocudos são estreitas, baixas e inclinadas para trás, o rosto é largo e achatado, a base do nariz se situa bem abaixo, tendo geralmente um perfil dobrado para dentro, às vezes curvo, às vezes reto; os olhos são pequenos e pretos, com fenda enviesada, às vezes também horizontal; a boca é grande, os lábios, bastante grossos, os ossos malares, salientes; os cabelos lisos são quase sempre pretos, a barba é rala e a cor da pele é muito variada. Encontramos tanto indivíduos de cor amarelo-tostada como também avermelhados ou bronzeados, mas a cor amarelo-tostada é a predominante. De qualquer modo, os botocudos são mais claros do que os tupis, pertencendo ao grupo dos indígenas com a pele de cor mais clara. Sua estatura é mediana, têm pescoço curto, ombros largos e horizontais e suas extremidades chamam a atenção por serem pequenas(21).

Os botocudos ou aimorés usam um disco de madeira nos lábios, tendo por isso recebido dos portugueses a alcunha botocudos, palavra originada de botoque, ou melhor, batoque, ou rolha de tonel. Eles dividem esse costume com outras tribos indígenas, embora esteja desaparecendo aos poucos. São principalmente as mulheres que se desfiguram com essas estacas nos lábios, ao passo que os homens se contentam com discos de madeira nas orelhas. Os de maior tamanho cerca de 9 cm de diâmetro. Apesar de os botoques serem produzidos com madeira da paineira-rosa (Chorisia), que pesa um pouco menos do que a rolha, geralmente nos velhos o lábio inferior se rasga quando extremamente distendido. Além desse “enfeite” questionável, as mulheres usam colares e pulseiras de sementes e dentes de animais, e os homens, quando em luta, diademas de cascas de árvores. Antigamente os caciques usavam algumas penas na cabeça, mas isso era exceção. Os botocudos se pintam com tintas azuis, vermelhas e pretas. Na mata, eles andam completamente nus. Os poucos semicivilizados se cobrem um pouco quando trabalham nas fazendas. Os botocudos se encontram num nível de desenvolvimento muito baixo, talvez o mais baixo de todos. Eles ainda vivem na Idade da Pedra e não conhecem o uso das canoas(22), nem o uso de utensílios de barro; mesmo redes e às vezes também ocas lhes são estranhos. Seus utensílios consistem de hastes de bambu e cascas de frutos da calabaça, ou árvore da cuia (Crescentia Cujete L.), porongos (Lagenaria vulgaris Ser.) e da sapucaia (Lecythis Pisonis Camb.). Panelas para cozinhar raramente são encontradas entre eles e as poucas encontradas são muito primitivas. Geralmente aquecem a água em bambus ou em folhas novas de palmeiras, aquecendo pedras de cascalho na brasa e jogando-as no vasilhame contendo a água. Além dos utensílios domésticos acima citados, eles possuem machados de pedra e facas de bambu e recentemente também machados e facas de ferro, trazidos pelo contato com os brancos. Eles igualmente possuem tubos feitos de rabos de tatu e flautas de bambu, sopradas pelo nariz. Cestas, clavas e recipientes de madeira raramente são encontrados entre eles. Para transportar os seus parcos pertences em suas andanças, eles usam redes de malha larga, feitas de fibras vegetais, chamadas cacaiú. Estas redes são amarradas nas costas das mulheres através de uma tira vegetal que passa pela testa. Às vezes ainda carregam uma criança sentada em cima da carga. As suas armas consistem de arcos e flechas, raramente usam clavas. As flechas nunca estão envenenadas e suas pontas são sempre de um material retirado do reino vegetal. As clavas são pequenas e fabricadas de uma madeira muito dura. Os botocudos se alimentam de caça, mamíferos, aves e pássaros, jacarés, lagartixas, cobras e peixes, que geralmente são abatidos a flechadas(23), bem como de vários tipos de insetos. Também ovos de pássaros, mel e várias frutas silvestres lhes servem de alimento. O preparo das refeições é feito sem utensílios de cozinha, pois, como já vimos, praticamente não os possuem, e a carne - a sua carne predileta é a de macaco - eles a comem crua. Não possuem ocas próprias e, em suas andanças constantes, se contentam com acomodações noturnas baixas, feitas de galhos, ramos e folhas. Somente quando pretendem permanecer por mais tempo num mesmo lugar, eles conferem a essas acomodações primitivas um pouco mais de firmeza, apoiando-as com estacas. As suas camas consistem de pedaços de fibras estendidas sobre o solo. Intelectiva e espiritualmente, os botocudos pertencem às raças de níveis de desenvolvimento mais baixos. Ainda praticam a antropofagia, antigamente muito propagada entre eles(24); é o inimigo abatido na luta que eles comem, ou por desejos de vingança, seja porque é justamente ele quem lhes oferece a refeição apropriada para o momento.

A sua índole é indolente, são famintos, inclinados a roubar e facilmente irritáveis, porém também podem ser bondosos, e se forem tratados com gentileza, pode-se esperar o mesmo deles. Ainda praticam a poligamia, no entanto, predomina a monogamia. Tão facilmente quanto se casam, também desfazem o casamento. Enterram seus mortos em cemitérios que depois são abandonados. A sua língua, que pertence ao grupo das línguas aglutinantes e apresenta variações dialéticas, é mal desenvolvida, possuindo muitos sons linguais e palatais e relativamente poucos sons labiais. Em algumas tribos, os números só vão até dois, e em outras, até cinco, mas com os dedos das mãos e dos pés os botocudos conseguem fazer uma ideia do que representa o número vinte. A religião dessa tribo indígena é muito simples e não inclui nenhum tipo de culto, não existindo, portanto, nem mesmo os pajés dos povos tupis. Não se sabe se os botocudos creem num ser bondoso e superior, mas a crença em espíritos maus está presente. A tribo que queremos visitar é a que está assentada no rio Doce, nos limites entre Espírito Santo e Minas Gerais, pertencente ao grupo dos Nak-nanuk(25). Parece que já sofreram um cruzamento com a raça branca, mas fora isso, ainda conservam nitidamente o tipo dos botocudos.

Também os Nak-nanuks cruzados ainda se caracterizam como nitidamente dolicocefálicos com prognatismo marcante.

 

 

 

NOTAS

(8) Botocudos é nome genérico dado pelos portugueses a índios de diferentes nações que integram o tronco macro-jê, grupo não tupi, que habitavam regiões da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, e eram também conhecidos como aimorés. (NO).

(9) Índios uaimiris-atroaris, também conhecidos como crichanás, uma etnia do tronco karib, cujos territórios se localizavam nas regiões sul de Roraima e norte do Amazonas. (NO)

(10) Lago de Constança atravessado pelo rio Reno na fronteira entre Áustria, Suíça e Alemanha. (NO).

(11) O quanto estas informações são incertas fica comprovado pelo fato de que, por exemplo, um autor brasileiro, Silva Coutinho, em Breve noticia descriptiva sobre a Provincia do Espírito Santo, p. 2, informa uma área de 39.000 km2, ao passo que um segundo autor Carvalho Daemon, Província do Espírito Santo, p. 472, informa uma área de 79.000 km2.

(12) Nas fontes não é dito se se trata da temperatura média anual das faixas costeiras, mas, pela comparação com as isotermas anuais de faixas costeiras vizinhas, é de se supor que seja isso.

(13) A temperatura mínima informada em Sellin (Das kaiserreich brasilien, II, p. 94) para o Espírito Santo, de 0°C, é questionável.

(14) A autora não deve estar se referindo exatamente ao uso militar das estacas de madeira, mas sim ao uso da madeira para a construção de cercas, no caso, os mourões. (NO).

(15) A autora não indica de onde extraiu essas informações, provavelmente de algum relatório dos presidentes de província. (NO)

(16) Provavelmente os tupis originam-se, além das tribos dos tupinambás, também dos tupininquins e de qualquer modo, dos papanazes. Veja Martius. Zur ethnographie Amerikas, zumal Brasiliens, p. 172, 174, 191 e 302, e Moura. Diccionario geographico do Brazil, I, p. 463.

(17) Veja Guia da exposicão brazileira, p. 18 e p. 41. E Peixoto. Novos estudos craniologicos sobre os botocudos (Arquivos do Museu do Rio de Janeiro VI. 233. 235) e Ladislau Netto, Investigacões sobre a archeologia brazileira (Arquivos etc., VI, p.415, 504 e 505.), Martius Zur Ethnographie, etc. e Ehrenreich (die eintheilung und verbreitung der völkerstämme brasiliens [Petermann‘s Geographische Mittheilungen, XXXVII, p. 116]) não citam nenhum. Mas em seu todo, parece que ainda existem poucas afirmações seguras sobre esses botocudos do sul. Constata-se, no entanto, que os estudiosos brasileiros dão um significado muito maior para o conceito “botocudos” que os alemães, supostamente porque os respectivos silvícolas das províncias do sul apresentam cavilhas nos lábios, de modo semelhante aos selvagens geralmente conhecidos como botocudos.

(18) Quatrefages, L’homme fossile de Lagoa-Santa et ses descendants actuels (Comptes rendus de l’Academie des Sciences, XCIII, p. 882). Mas Ehrenreich (p. 115 em Ueber die Botocudos der brasilianischen Provinzen Espiritu Santo und Minas Geraes, Os botocudos das províncias brasileiras do Espírito Santo e Minas Gerais [Zeitschrift für Ethnologie, XIX, p. 79] diz que os crânios de Lagoa Santa seriam idênticos aos dos botocudos e não os considera como diluviais, ao contrário de Quatrefages.

(19) Média de 19 índices de largura de crânios masculinos citada em Archivos etc. (I. 55. e VI. 212), Hartt (Geology and physical geography of Brazil, p. 586), Rey (Etüde anthropologique sur les Botocudos, p. 24s.), Virchow (Crania ethnica americana, e Verhandlungen der berliner gesellschaft für anthropologie, ano 1875, p. 161). Exceto dois, esses crânios são todos dolicocefálios, sendo o menor índice de largura 70,8, e o maior, 79.3. Ver Ehrenreich (Ueber die Botucudos, p. 67) que obteve um índice de largura média de 74.5, a partir de nove crânios que se encontram em Berlim.

(20) Média de nove índices de largura de crânios femininos citada in Archivos etc. (I, p. 57 e VI, p. 233s.), Rey (p. 1 e p. 37) e Verhandlungen etc. (1875, p. 161). Três desses crânios são dolicefálicos. O índice de largura mais baixo é 71.02, e o mais alto, 79,86. Ehrenreich (Ueber, p. 67) calculou uma relação entre comprimento e largura do crânio em média de 78,4 a partir de quatro crânios que se encontram em Berlim. – 12 outros crânios de botocudos que apresentavam uma relação entre comprimento e largura média de 74,49 (Archivos, VI, p.243) e um crânio citado por Virchow (Verhandlungen der berliner, 1874, p.262; 1875, p.161) de 72,4, não foram considerados aqui, tanto pelo fato de não terem sido classificados pelo sexo, quanto por não serem, em parte, de raça pura.

(21) Lacerda filho e Peixoto, Contribuições para o estudo anthropologico das raças indigenas do Brazil (Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, I, p. 49); Lacerda, Craneos de Maraca (Archivos etc., IV, p. 40); Peixoto: Novos etc. (Archivos etc., VI, p. 212, 218, 229, 246 e seguintes); Rey. Etudes etc., p.70-71; Mello Moraes. Revista da exposição anthropologica brazileira, p. 2- 94; Neuwied, Reise nach Brasilien, II, p. 3; Hartt. Geology etc., p. 579; Ehrenreich. Ueber etc., p. 14.

(22) Ver Ladislao Netto, Investigacões etc. (Archivos etc., VI, p.414). E Martius. Zur Ethnographie, I, p.324) que, por sua vez, menciona o uso de canoas, embora estas sejam extremamente precárias.

(23) No original geschossen: abatidos a tiros. (NT)

(24) REY, Phillipe Marius. Etüde anthropologique sur les Botocudos, p.79. Hartt. Geology etc., p. 600.

(25) Talvez a autora se refira aos m´byás. (NO)

 

PRODUÇÃO

 

Arquivo Público do Estado do Espírito Santo

 

Coordenação Editorial

Cilmar Franceschetto

 

Revisão

Julio Bentivoglio

 

Apoio Técnico

Alexandre Alves Matias

Jória Motta Scolforo

Maria Dalva Pereira de Souza

 

Agradecimentos

André Malverdes, Levy Soares da Silva, Cláudio de Carvalho Xavier (Biblioteca Nacional), Adriana Pereira Campos, José Eustáquio Ribeiro, Adriana Jacobsen e a Hadumod Bussmann pelo fornecimento do diário de Maximiliano von Spiedel.

 

Editoração Eletrônica

Lima Bureau

 

Impressão e Acabamento

Dossi Editora Gráfica

 

 

Fonte: Viagem pelo Espírito Santo (1888): Viagem pelos trópicos brasileiros = Meine reise in den brasiliaischen tropen: / autoria da Princesa Teresa da Baviera - Vitória: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2013
Autora: Princesa Teresa da Baviera
Tradução: Sara Baldus
Organização e notas: Júlio Bentivoglio
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2020

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