À Minha Terra - Por Orminda Escobar Gomes
Baía de Vitória, 1936 - Foto: Otávio Paes
VITÓRIA (1551)
Que terra linda a nossa Vila Nova, outrora!
Com sua graça extrema e a eternal verdura
Do bosque-onde o cantor alado, na espessura,
Louvava o Criador desde o fulgir da aurora!
Floria sua encosta, além, onde demora
— O prado a vicejar, se erguia para a Altura
A cordilheira nobre e bela que emoldura
O quadro que à baía, sem rival, decora!
Em oito de Setembro, estranho movimento... —
Abala a gleba. O índio assalta, num momento,
Com raiva, com furor!... Vantagem transitória!
Surpreso o povo, então, a Virgem invocou!
Com heroísmo e fé, no ataque triunfou!
— Tomando Vila Nova o nome de Vitória!
Fonte: Lendas e Milagres no Estado do Espírito Santo (Poesias 1551-1950) – Prêmio Cidade da Vitória, 1951
Autora: Orminda Escobar Gomes
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março
O Centro de Vitória tem, para mim, um doce sabor de infância e da juventude, quando vagávamos, irresponsavelmente, por toda região
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