A Pedra da Ema – Por Adelpho Monjardim
Em Burarama, Município de Cachoeiro de Itapemirim, situa-se a Pedra da Ema, notável pelo fenômeno que ali se processa. Na lisa e escura face do granito se estampa, precisa e perfeita, em os mínimos detalhes, a colossal imagem de uma ema; fenômeno perturbador, que em todo o território nacional só tem símile no Pão de Açúcar, do Rio de Janeiro. Ali “existe um fenômeno belíssimo, vislumbrado por alguns raros observadores da natureza e que muitos ocultistas atribuem ao sobrenatural”.
“Numa falha natural da rocha, em sua face para o Corcovado, na Enseada de Botafogo, insculpida em baixo-relevo, quando dá meio-dia, num jogo de luz, surge, inesperadamente, na pedra, a figura sagrada de um pássaro egípcio, um gigantesco íbis, que desaparece depois, ao final da tarde”.
Num sólido e compacto rochedo de Burarama, em meio à bucólica paisagem, num emaranhado de floridos arbustos, em sua amplíssima face, diariamente, quando em sua derrota o sol atinge determinado ponto do firmamento, na superfície da rocha, clara e nítida, estampa-se a imagem da ema. Nítida, perfeita, repetimos. Não, como em alguns casos, vaga e pálida idéia que a boa vontade ajuda a recompor.
Até agora ninguém soube explicar o fenômeno. Não existe, nas proximidades, formação alguma que se assemelhe a uma ema e de tal modo colocada que a sombra pudesse ser projetada na pedra moldura e tela.
Naturalmente a sua presença depende da trajetória do sol na sua órbita. Cumprida esta a imagem se esconde para no dia imediato e à mesma hora.
Como explicar a maravilha? Massa mineral quimicamente heterogênea, as rochas são formadas por uma mescla mecânica de minerais diversos, em proporções variáveis. Assim pensamos que, em determinados pontos daquela formação rochosa, os seus elementos componentes, sob a ação direta dos raios solares, reproduzam a imagem que tanto nos intriga e admiramos.
Não sendo exceção à regra, o fenômeno tem para o povo significado divino, espécie de ente tutelar ali colocado para que sobre aquelas terras desçam, permanentemente, as bênçãos divinas.
Fonte: O Espírito Santo na História, na Lenda e no Folclore, 1983
Autor: Adelpho Poli Monjardim
Compilação: Walter de Aguiar Filho, dezembro/2015
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