Complexo Samarco – Sistemas Antipoluentes
O Complexo é dotado de equipamento antipoluente
Embora não pudessem precisar quanto foi necessário para implantação de sistemas de controle da poluição na área da usina e de despejos de resíduos que serão transportados juntamente com o minério trazido pelo mineroduto, técnicos da Samarco afiançaram que "todo o complexo está dotado de equipamentos antipoluentes, tanto no que diz respeito a água quanto à poluição do ar".
Em Anchieta, ao lado da bacia de decantação há uma ponta da lagoa Maimbá, local considerado como influente atração turística na região. Para evitar que surgissem problemas de poluição, protegendo a água da lagoa da contaminação pela água da bacia de decantação da Samarco, os técnicos que trabalharam no projeto de proteção ao meio ambiente, informaram que foi construída uma barragem pela empresa Velloso e Camargo. Esta barragem separa a ponta do resto da lagoa.
No que diz respeito à poluição do ar, informou-se junto à empresa que todos os equipamentos geradores de gases ou vapores foram dotados de coletores de poeira, lavadores, separadores e ciclones, permitindo separação das impurezas resultantes do processo de pelotização e evitando seu lançamento na atmosfera. O terminal marítimo — enfatizaram os técnicos da área de meio ambiente está equipado com dispositivos destinados a evitar o lançamento, no mar, de partículas de minério.
PREOCUPAÇÃO
Expressaram uma preocupação quanto ao controle do meio ambiente no âmbito de sua atuação, "seja no tocante aos trabalhos desenvolvidos na mina (purificação do itabirito, mina de Germano, em Minas Gerais) "seja na usina em Ubu, onde se processa a obtenção de concentrados finos de pelotas".
Na mina em Germano foi executado um vasto plano de controle de todo processo químico e mecânico que está sendo desenvolvido para a extração do minério de ferro. Isto — observaram — também foi realizado nas áreas vizinhas à mina. Em Germano, foram desenvolvidos trabalhos de controle e proteção ao solo contra possíveis erosões, além de construção de reservatórios espaciais (barragens).
Informaram os técnicos que a mina de Germano está situada em região de intenso reflorestamento, e que o local goza de sistema permanente de proteção do meio ambiente. Isto ocorre principalmente quando às nascentes que, sempre que captadas, terão as águas rejeitadas tratadas e recuperadas para as atividades da mina.
Os rejeitos do itabirito misturados à água (fração argilosa), na mina de Germano, são lançados em uma bacia natural própria para sua decantação. Esta bacia é formada por lago natural e uma barragem que a Samarco construiu. Este sistema permite a decantação natural, evitando-se que os detritos sejam lançados nos afluentes, o que fatalmente iria poluir os ribeirões e rios. Este é para os técnicos, o aspecto mais importante do sistema.
REAPROVEITAMENTO
Detalhando tecnicamente o sistema, explicaram assessores da diretoria da Samarco que "os rejeitos da concentração são encaminhados para o depósito formados por barragem com 200 metros de comprimento e 70 meros de altura onde a decantação natural permitirá o reaproveitamento da água e protegerá o meio ambiente e as nascentes da região". Esta barragem foi construída pela firma Construtora Brasil, e está localizada a três quilômetros, no sentido Leste, da mina de Germano.
É através de deslamagem que se separa do minério a fração argilosa, que é rejeitada. A deslamagem é feita em ciclones, método de separação de partículas de acordo com seu tamanho por via hidrodinâmica. Este rejeito é lançado em bacia natural própria para sua decantação.
— Como nas demais etapas do processamento, junto à mina, também na orla marítima as operações industriais da Samarco asseguram perfeitas defesas do meio ambiente. Assim toda a água na lagoa Maimbá, será previamente classificada numa bacia resultante do fechamento de um braço dessa lagoa.
Esse fechamento, obtido por uma barragem já construída pela Samarco, delimita uma bacia de decantação suficientemente ampla para operação por mais de 20 anos. Desta forma somente água limpa, refluente da decantação natural atingirá a lagoa. Esta água pelo que garantem os técnicos da empresa, poderá ser tratada para uso doméstico sem quaisquer problemas.
O abastecimento de água para as várias finalidades tais como incêndios, refrigeração e outras, será feito pela lagoa Maimbá, e por poços. A água retirada será canalizada e distribuída conforme seu uso. Também está sendo construída a estação de tratamento para água. No prédio de serviços, em Samarco, com 600 metros quadrados, estão os laboratórios de controle e dos serviços médicos.
Fonte: Complexo Samarco – Suplemento Especial de A Gazeta, 29 de setembro de 1977
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015
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