Corredor Centro-Leste e os indutores do desenvolvimento
Depois do Corredor de Transportes Centro-Leste, os outros grandes indutores do desenvolvimento econômico do Espírito Santo são os seguintes, de acordo com o levantamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Departamento de Economia da Ufes:
• O sistema de incentivos fiscais e financiamentos representado pelo Bandes, o Geres, o Funres e o Fundap. Entre 1990 e 1992, num período de aproximadamente 30 meses, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo aprovou projetos que representam aplicações de 120 milhões de dólares no Estado. Os maiores são os da Andrade Gutierrez, Silocaf, Cajamar e CGA. O Funres investe 40 milhões de dólares por ano. Considerando a participação média de 25% dos incentivos fiscais, o Funres alavanca investimentos de 160 milhões de dólares por ano, de acordo com cálculo do economista Ricardo Santos, secretário executivo do Geres, órgão que controla o sistema de incentivos fiscais do Espírito Santo.
• Os pólos industriais da Suppin (Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial), representados pelo Centro Industrial de Vitória - atualmente com cerca de 90 projetos implantados e 20 em implantação — e os nascentes distritos industriais de Colatina, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Cariacica.
• A projetada fábrica de celulose da CVRD, cuja localização pode ser o Norte do Estado, onde a empresa possui extensos eucaliptais.
• A expansão da fruticultura no Norte do Estado.
• A criação de um projeto turístico de gabarito internacional no litoral Sul, beneficiando o trecho Vila Velha, Guarapari, Piúma e Anchieta.
• A ampliação do centro financeiro de Vitória.
A grande base do Corredor
Um dos fatores fundamentais do sucesso do Corredor de Transportes Centro-Leste é a disposição da Companhia Vale do Rio Doce de abrir os 14 mil vagões da Estrada de Ferro Vitória a Minas a outras mercadorias que não sejam apenas o minério de ferro.
Desde que assumiu o controle da EFVM, em 1942, a Vale durante décadas pensou exclusivamente na carga chamada minério de ferro. Tanto para trazer como para levar outras mercadorias, a empresa nunca demonstrou grande empenho. A EFVM é uma ferrovia-modelo apesar de subir a serra com os vagões praticamente vazios.
A exploração do minério de ferro de melhor qualidade em Carajás, no Pará, está apressando o fim da mineração da Itabira, Minas. Dentro de 10 anos, talvez, terá deixado de ser interessante para a empresa continuar tirando minério de Minas, pelo menos no volume atual. E a EFVM?
Fonte: A Gazeta - Documento Estado, 26/10/1992
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015
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