Curiosidades de Vitória

Enterros com bondes
“Em 1911 foi inaugurado o serviço de bondes elétricos, com duas linhas, uma de Santo Antônio ao Suá, outra que unia a Cidade Alta à Cidade Baixa. No dia 1º de maio de 1912, foi aberto o cemitério de Santo Antônio, e estabeleceu-se o enterro feito com bonde, com um carro levando o caixão e outro, os acompanhantes”, registra a série de fascículos A Saga do Espírito Santo.
Festividades em Vitória
Aos domingos, na Praça Costa Pereira ou no Parque Moscoso, era hora de caminhar. Os bondes ligavam a cidade a Santo Antônio. Poucos eram os automóveis. As praias, o cinema no Glória e no Carlos Gomes (que, nessa época, era mais cinema que teatro) e as bem freqüentadas regatas do Álvares Cabral ou do Saldanha da Gama tornaram-se os passeios preferidos da classe média – os ricos preferiam os bailes do Clube Vitória, os outros contentavam-se com as festas religiosas, os comícios políticos e os carnavais de rua.
Glória
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha lembra um fato curioso em seu texto no livro Vitória Cidade das Ilhas: “Até mesmo seus episódios heróicos estão ligado ao mar: lá existe um famoso café Glória, um cine Glória, um edifício Glória; mas talvez pouca gente hoje tenha memória ou consciência de que Glória é o nome de uma fragata que defendeu Vitória em três incursões, lutando para afastar a frota francesa que oprimia a cidade. Esse navio acabou sendo naufragado, mas conseguiu manter longe os invasores”, explica. A grande heroína da cidade, diz o arquiteto, é uma embarcação.
Fonte: Encarte Especial de A GAZETA de 09 de setembro de 2001
- Editora: Maria Helena Fabriz
Textos: Ana Laura Nahas, Elaine Silva, Ivana Esteves, Lúcia Gonçalves, Lúcia Garcia e Marcelo Pereira
Fontes Bibliográficas:
- Série de fascículos de A GAZETA, A Saga do Espírito Santo, com pesquisa e texto de Neida Lúcia e Sebastião Pimentel Franco, edição de José Irmo Goring.
- Biografia de uma Ilha (1965), de Serafim Derenzi.
- A Ilha da Nostalgia (1999), José Tatagiba.
- Vitória Cidade das Ilhas, com fotos de Cláudio Edinger, pesquisa de Renato Pacheco e Léa Brígida, textos de Luiz Guilherme Santos Neves
Compilação: Walter de Aguiar Filho, setembro/2011
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