Dadaio Miranda - Por Helio de Oliveira Santos
Para quem o conheceu, lá pelos anos de 1940 à 1950 e poucos, não há necessidade de explicar quem e como era Dadaio Miranda. Mas para quem não o conheceu vamos descrever sua figura física e sua verve, sua veia humorística pouco igualada no Espírito Santo, Rio e outros lugares onde frequentava.
Dadaio talvez tenha sido um dos maiores boêmios, trocadilhista e contador de anedotas que o Espírito Santo já teve, e talvez nunca terá. Pesava uns 130 kls, 130 quilos de humor, boemia, e de bondade.
Seu ganha-pão era a venda de títulos de Companhias particulares, de Institutos do Governo como o antigo IPASE, e outros afins. Quase sempre estava sem dinheiro, pois tinha duas paixões na vida: jogar no bicho e tomar sua bebida predileta (gim-tônica) quase 24 horas por dia. Quando estava em Vitória, hospedava-se no Bar Hotel Sagres, do falecido Francisco Teixeira da Cruz, casado com nossa conhecida D. Maria do Sagres, tios do nosso ex-prefeito Chrisógono Teixeira da Cruz, e podia ser encontrado religiosamente, ou no Sagres ou no Bar Globo, sempre com seu gim-tônica na frente. Onde estivesse sentado, no Sagres ou no Globo, com sua barriga, seu rosto bolachudo e óculos, podia-se contar: tinha sempre uma roda em volta dele ouvindo suas anedotas, trocadilhos e esperando uma tirada humorística. Quando a gente pedia para ver sua carteira de dinheiro, suas respostas eram invariavelmente estas:
— Criminoso não pega em arma!
Ou então:
— Cabrito não vigia horta!
No capítulo seguinte vejam uma tirada genial do Dadaio com o Zé Gordinho.
Fonte: “Estória de Boemios e Outras Estórias” - 1978
Autor: Helio de Oliveira Santos
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2019
Estávamos no Bar Globo, isto lá pelas 10 horas da manhã, tomando nossos aperitivos, eu, Dadaio Miranda, Zé Gordinho, o Júlio Teixeira da Cruz, Mario Cezar Fundão
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