Histórias fabulosas

A Companhia de Jesus não foi a única ordem religiosa a exercer atividade na Capitania do Espírito Santo, no período colonial. A obra dos jesuítas será complementada pela ação missionária dos franciscanos, capuchinhos, carmelitas e beneditinos.
Das centenas de religiosos que passaram pela capitania, entretanto, o jesuíta José de Anchieta é o mais venerado. Nasceu na Espanha, nas Ilhas Tenerife, em 1534. Asmático, recomendaram-lhe os bons ares do Brasil. Chegou à colônia em 1553, aos 19 anos e fixou-se no Espírito Santo somente em 1587, aos 53 anos - antes dessa data, apenas visitou esporadicamente as terras capixabas. Dez anos depois, em 1587, faleceu, no dia 9 de junho. Seu corpo foi conduzido por 300 pessoas durante 3 dias, da Aldeia de Reritiba (atual município de Anchieta) até o Colégio de Santiago em Vitória (atual Palácio Anchieta, sede do governo do ES), onde foi sepultado. Já na celebração do enterro, foi declarado Apóstolo do Brasil - título que divide com o padre Manoel da Nóbrega, outro jesuíta.
Segundo o historiador Serafim Leite, em 1609 grande parte dos restos mortais do padre Anchieta foi levada para a Bahia. Por ordem papal, foram retirados de lá e espalhados por casas e colégios jesuítas, inclusive de Roma. Entretanto, há diversas versões para os fatos. Outros afirmam que, na travessia do Atlântico, um naufrágio provocou a perda destas relíquias.
Importa, historicamente, que o processo de beatificação de Anchieta foi aberto em 1617.
Em 1736, suas virtudes foram declaradas heróicas pelo Vaticano e, em 1980, o papa João Paulo II beatificou-o. Está em andamento sua santificação.
O percurso por onde passou o cortejo fúnebre do jesuíta, e que ele próprio, quando vivo, percorria a pé todos os meses, foi transformado, em 1998, no caminho religioso denominado Passos de Anchieta. Acredita-se que o andarilho, repetindo a trajetória do beato, adquire, no final da caminhada, conforto espiritual. São, no total, 105 quilômetros. É preciso ter fé.
Depois de padre Anchieta, o enigmático frei Pedro Palácios merece destaque. Natural das Astúrias, na Espanha, chegou ao Espírito Santo em 1558. Pertencia à Ordem Franciscana e, em virtude do voto de pobreza, comportava-se como um eremita – vivia isolado, jejuando e rezando. Possuía apenas um cão e um gato como companheiros inseparáveis. Sobrevivia de esmolas. Seu abrigo era uma gruta incrustada no rochedo onde, ele mesmo, iniciou a construção de uma capela – templo-base do qual foi erguido, tempos depois, o Convento da Penha. Morreu em 1570. Conta-se que, antevendo a própria morte, despediu-se dos devotos.
Outras histórias poderiam ser contadas, envolvendo religiosos no Espírito Santo. São muitas, misteriosas, verossímeis, às vezes fabulosas.
Fonte: História do Espírito Santo - Uma abordagem didática e atualizada 1535 – 2002
Autor: José P. Schayder
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