Igreja do Rosário

A Igreja do Rosário, situada na Prainha de Vila Velha, teve sua construção iniciada em uma pequena colina e próximo do córrego Incerica pelo colonizador da Capitania do ES, Vasco Fernandes Coutinho, que desembarcou em 23 de maio de 1535, no domingo em que a Igreja comemorava o dia do Divino Espírito Santo, fazendo cumprir a Bula Papal, que determinava que, ao chegar ao local doado, deveria erguer uma igreja, para difundir a religião católica. A Pedra d'Ara foi trazida pelo donatário e mais tarde recebeu as relíquias.
A sua construção é muito frágil, consiste de: tabatinga (argila retirada das margens do córrego de Incerica), calcário (conchas maceradas no pilão) para dar liga, areia e água. Devido a esta fragilidade, por volta de 1912, a vibração provocada pelo tráfego dos bondes que passavam próximo, suas paredes começaram a abrir, sendo obrigado a colocação de tirantes para segurar as mesmas.
A Casa de Misericórdia para abrigar os doentes foi construída em 1595 a pedido do Padre José de Anchieta.
Quando os jesuítas Afonso Brás e Simão Gonçalves chegaram à Capitania do Espírito Santo, vieram até a Vila do Espírito Santo e encontraram a Igreja abandonada devido à fuga da maioria dos moradores do povoado para Vitória, em virtude dos constantes ataques dos índios.
A Capela era tão pequena, que os jesuítas relatavam, mesmo com a população reduzida ela não abrigava a comunicade local nas missas.
Segundo dados históricos, a Nave Maior é datada do século dezoito, pois em sua estrutura encontra-se tijolo queimado, bem como no Frontão superior.
A Igreja tinha como função, além dos cerimoniais religiosos, difundir as notícias das Províncias e do Reino, e servia como cartório de registros.
Em 1750 foi guinada à Paróquia e, em 1751, a ela foi destinada a pedra d'Ara, que fica encravada no Altar Mor, com as relíquias dos Mártires São Colombo e São Liberato conforme Diploma do Vaticano autenticado com o Selo Hispânico em cera vermelha.
O altares atuais da igreja foram inaugurados em uma missa celebrada em maio de 1908, sendo o Altar Mor bento com as imagens de Nossa Senhora do Rosário, São José e São João Batista.
Esta igreja sempre foi marcada pelo abandono, sua primeira grande reforma se deu através da Carta Régia de 18/11/1709, quando a Fazenda Real concedeu duzentos mil réis. Em 1855 foram reparados o assoalho e o telhado. Quando Dom Pedro II esteve aqui, em 28 de janeiro de 1860, ficou sensibilizado com o estado da Igreja e doou quatrocentos mil réis para consertos. No final da década de 50, foi substituído todo madeiramento do piso por ladrilho hidráulico. Finalmente, em 1990, houve a última grande reforma, que não respeitou a característica primitiva, removendo todo contra-piso em pé-de-moleque do período colonial, colocação de laje no coro, ao invés de madeira, tamponamento da antiga passagem para a casa de misericórdia, que servia de gruta para Nossa Senhora de Lourdes, dentre outros.
Autor: Gether Lima
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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