Livre para Voar
Há séculos o homem busca técnicas de vôo parecidas com as dos pássaros para alimentar o sonho de voar. E os pilotos de vôo livre em asa delta e parapente são unânimes em destacar a sensação de liberdade que é uma verdadeira terapia no ar.
No Espírito Santo existem vários pontos para a prática desse fascinante esporte, que são o Morro do Moreno, em Vila Velha e os municípios de Baixo Guandu, Pancas e Vila Valério.
Os especialistas em vôo livre no Estado revelam que a atual tecnologia e o desenho das asas modernas trazem o prazer de voar em segurança.
O Município de Pancas conta com uma excelente topografia para a prática do vôo livre, atraindo voadores para a região noroeste. Aliás, foi criada uma Associação da Categoria com 21 integrantes. “O vôo livre é um esporte de sucesso em Pancas, já faz parte de etapas do Campeonato da modalidade”, informa o diretor de Turismo e Cultura, Élson Augusto do Nascimento.
Já no município de Baixo Guandu, existe um projeto para incrementar a prática do vôo livre e parapente pelas excelentes condições topográficas da região, registrando no ponto mais alto mais de 900 metros. “É um esporte que enche os olhos dos amantes da liberdade”, diz o chefe do Departamento de Cultura e Lazer da Prefeitura, Pedro Bussular. Ele observa que todo ano é realizado em Baixo Guandu uma etapa do Campeonato Capixaba dessa modalidade.
O instrutor Tadeu Bersot revela que cresce a cada dia o número de pessoas buscando o vôo livre e parapente. “É prazeroso estar nas alturas, presenciar um cenário encantador, se ver livre como um pássaro. Conheço pessoas que tiveram mudança radical, estão de bem com a vida com essa atividade de curtir os ares”, atesta.
Ele, que tem 11 anos de vôo e 10 atuando como instrutor, conta que não leva muito tempo para uma pessoa começar a praticar vôos. No período de dois a quatro meses é o bastante para alguém estar preparado para essa aventura no espaço. “Quem deseja voar deve procurar alguém habilitado, seguindo as exigências contidas no treinamento”.
O Presidente da Associação e Federação de Vôo Livre do Espírito Santo, Abner Paiva Pinheiro Piva, vê o esporte ganhando cada vez mais adeptos graças a um trabalho de divulgação que passa pelo exercício do prazer de voar e a segurança existente por conta dos equipamentos modernos. No Estado, são aproximadamente 200 pilotos de asa delta e parapente, sendo 15% do sexo feminino.
“A prática do vôo livre só faz bem, todas as pessoas manifestam esse prazer”, descreve o dirigente da entidade, lembrando que existe um calendário anual para proporcionar divertimento dos participantes desse esporte. Dagma e Aline, de Venda Nova do Imigrante e Cachoeiro de Itapemirim, são as duas mulheres que se destacam na modalidade. Já entre os homens o piloto Franco Brow, de Vitória, já conquistou o título mundial de vôo livre. No ano de 1999 o Brasil tornou-se campeão mundial de asa delta por equipe.
Fonte: Revista Total Saúde – Abril/ maio de 2006
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