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Miguel de Aguiar

Miguel de Aguiar representando Vasco Coutinho na encenação do 4º Centenário, em 1935. Nessa ocasião, os aviões da Esquadrilha da Fumaça fizeram evoluções sobre a cidade

Miguel Manoel de Aguiar Junior nasceu em Vila Velha – ES, em 31 de março de 1893. Filho de Miguel Manoel de Aguiar e Maria da Penha Nunes de Aguiar, teve como irmãos João, Vitória, Manoel, Maria e Carolina. Aos quatro anos perdeu seu pai e aos nove anos sua amada mãe.

Miguel casou-se com Magnólia Carvalho de Aguiar e, desta união, nasceram os filhos Duckla, Nilda, Aurelino, Walter, Augusto, João, Zilmar e Paulo.

Seus avós e demais ancestrais eram vila-velhenses.

Nascido e criado nesta abençoada terra, era um devoto fervoroso de Nossa Senhora da Penha.

Na sua juventude, entre seus fiéis amigos, destacaram-se Clementino de Barcellos, Lúcio Bacelar, Pedro Silva, Antônio Araújo, Alvino Simões, Nazario Simões, Manoel Leão, Manoel Duarte, Tanego Piratininga de Barros (com seu violão e cavaquinho), Felintro das Neves Santos (Zico), pai de Guilherme, Jair e Antônio Santos, Doutor Luiz Adalfeno, Tihers Vellozo (pai de Antônio Gil Vellozo), Desembargador Cristiano de Andrade e Desembargador Augusto Botelho, Alberto Queiroz, Higino Queiroz, Alexandriano Cruz, Alexandrino Caldeira (pai de Milton Caldeira), Professor Ernani Souza e Diociécio Gonçalvez Lima, pai do escritor Dijairo.

Com eles, Miguel Aguiar organizava festas e fundou os clubes União das Flores, Democráticos e Celestial.

Na década de 30, formou um grupo teatral com representações em vários municípios, despertando grande interesse pela arte. Promoveu a inauguração da Praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha, no ano de 1937, e foi criador dos festejos de São Benedito, no período de 1932 a 1938 (fincamento de mastro do Glorioso Santo).

Incentivador de vários acontecimentos em Vila Velha, era orador emérito nas comemorações do dia do município, 23 de maio.

Foi nesta data, no ano de 1935, na comemoração do 4º centenário da Fundação do Solo Espírito-Santense, que Miguel Aguiar, na exaltação do seu amor cívico, organizou a maior festa de Vila Velha.

No palco histórico do belíssimo recanto desta maravilhosa cidade, na Prainha, sob o fulgor da ornamentação do cenário, Miguel Aguiar, representando Vasco Fernandes Coutinho, e sua comitiva, desembarcaram da réplica da bela Galera Glória, na Prainha, a poucos metros da praça, e caminharam em direção ao arco monumental das comemorações.

O donatário da Capitania do Espírito Santo e sua esposa, foram assim representados, envolvidos pelas tribos de índios, chefiados pelo pagé – Lúcio Bacellar (grande artista e pintor da época) – e um grupo de fidalgos, homenageando Vasco Fernandes Coutinho.

Emprestaram valorosa contribuição para o êxito desta festa, os irmãos pescadores Dedé e Carlos (presidente da Colônia dos Pescadores), os escoteiros pertencentes à Frota Vasco Coutinho, chefiada pelo professor Aloir Araújo e o diretor do Grupo Escolar Vasco Coutinho, professor Ernani Souza.

Os representantes de Vasco Coutinho e sua esposa Luiza Grinalda foram aplaudidos pela imensa platéia e autoridades civis e eclesiásticas, na pessoa do senhor Bispo D. Luiz de Scorteganha, e militares (participação do glorioso 3º B.C.).

Entre aplausos e fogos, surgiu no céu a Esquadrilha da Fumaça, com rasantes evoluções sobre o palco da magnífica e inesquecível comemoração.

Miguel Aguiar é o padrinho da Bandeira de Vila Velha, que tem como madrinha Maria Emelina Mascarenhas, a amável D. Nenê, que era esposa de Clementino Barcellos.

Funcionário graduado dos Correios e Telégrafos de Vitória, Miguel foi mais tarde transferido para outras cidades, ocupando no Rio de Janeiro o cargo de diretor.

Aposentado, voltou para sua cidade natal – Vila Velha - e contraiu novas núpcias com a dedicada Ester Pitanga, filha também de tradicional família vila-velhense.

Após bem vividos 93 anos, veio a falecer no dia 27 de março de 1986.

 

Autor: Walter de Aguiar Filho
Fonte de Pesquisa Direta: Edward D'Álcântara, Francisco de Barcellos
Fonte de Pesquisa em Livros: "Ecos de Vila Velha" 2001 - Autor José Anchieta de Setúbal; "Vila Velha seu passado sua gente" 2002 - Autor Dijairo Gonçalves Lima; "Vila Velha de Outrora 1990 - Autora Maria da Glória de Freitas Duarte

 

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