Os irmãos Martins

Capixabas estiveram envolvidos em rebeliões ocorridas em Pernambuco, no primeiro quartel do século XIX. Todos eram membros da família Martins. O mais conhecido, certamente, é Domingos José que, homenageado, deu nome a uma cidade das terras altas do Espírito Santo, Domingos Martins.
Os irmãos Martins participaram da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador, em 1824. O primeiro movimento teve caráter separatista e, ao lado da Inconfidência Mineira, Fluminense e Baiana, foi precursor da independência do Brasil.
A segunda rebelião lutou contra o autoritarismo de D. Pedro I, expresso da Constituição por ele outorgada. Ambos foram influenciados pelos ideais dos filósofos iluministas e pela "santíssima trindade" da revolução francesa: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
O historiador José Teixeira de Oliveira reuniu alguns dados biográficos do clã Martins:
"Domingos José Martins nasceu em Cachanga, hoje Itapemirim, onde seu pai servia como porta-bandeira. (...) Mandado à Bahia e Lisboa aprimorou-se nos estudos, passou, depois à Inglaterra, onde se empregou em uma casa comercial, da qual, mais tarde, se tornou sócio. Regressando ao Brasil, fixou-se no Recife, entregando-se, logo, a uma intensa propaganda dos ideais de liberdade, que sonhava ver praticados em sua pátria. Quando explodiu a Revolução de 1817, Domingos José Martins foi eleito representante do comércio na junta governativa revolucionária - escolha que fala eloquentemente do prestígio que desfrutava na sociedade pernambucana. Derrotados os rebeldes, Domingos José Martins foi preso e conduzido para a Cidade do Salvador onde, aos doze de junho de 1817, morreu arcabuzado (...). Teve sete irmãos - André, Francisco, Luíza, Maria, Joaquim, Ana e Vitória. O primeiro fez carreira militar e alcançou o posto de tenente-coronel. O segundo dedicou-se ao sacerdócio. Ambos lutaram ao lado do irmão em 1817, sendo que Francisco José Martins foi companheiro de frei Caneca na Confederação do Equador (...)"
Anticolonialistas e antiabsolutistas, os Martins faziam parte de uma elite esclarecida e consciente de seus interesse de classe. Eram membros de uma minoria privilegiada, se comparados à grande massa, composta de pobres analfabetos e de escravos.
De qualquer forma, na conjuntura política daquele momento específico, os Martins foram os porta-vozes dos grupos marginais. Mesmo que a palavra liberdade significasse coisas diferentes para cada um deles.
Fonte: História do Espírito Santo - Uma abordagem didática e atualizada 1535-2002
Autor: José P. Schayder
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