Por que Morro do Moreno?
Desde o início da
colonização do Espírito Santo, o Morro do Moreno funcionava
como posto de observação assegurando a defesa de Vila Velha
e de Vitória, aos ataques dos navios corsários. O responsável
pela observação era um colono que veio de Portugal com Vasco
Fernandes Coutinho. Seu nome era João Moreno, daí o nome do
Morro: MORRO DO MORENO. Além da atividade de vigia, João Moreno
utilizava as terras do Morro para o cultivo.
No início do século
passado, o topo do morro foi fundamental na criação de um
sistema de sinalização para a entrada de navios na Baía de
Vitória, reforçando sua vocação como Posto de Observação.
Agora, ao invés de defesa de ataques dos navios, o topo do
Morro do Moreno servia para auxiliar a navegação.
Clementino de Barcellos,
figura ilustre e querida de Vila Velha, era o sinaleiro do
Morro do Moreno aos 23 anos de idade. Assumiu por nomeação
do Governo Federal, o cargo de sinalizador do POSTO SEMAFÓRICO
localizado no Morro do Moreno, em substituição ao seu falecido
pai, que exercia a mesma função.
Este posto - que ficava
de frente para o mar, a leste - tinha a finalidade de identificar
por meio de uma luneta de longo alcance, os navios em alto
mar. Clementino verificava com antecedência de aproximadamente
uma hora, se os navios iriam atracar no Porto de Vitória,
se vinham do sul ou do norte e ainda era possível ver detalhes
como o nome do navio e da companhia a que pertencia.
A partir da identificação
do navio, havia um sistema de comunicação que funcionava com
bandeiras coloridas colocadas numa cruzeta fixas na parte
superior do mastro. Era uma enorme cruz, com quase dez metros
de altura.
BANDEIRAS
COLORIDAS
A
cor da bandeira e o lado da cruzeta no mastro em que ela era
hasteada tinha seu significado. Se Clementino de Barcellos
-“Mestre Clê”, como era conhecido -, avistasse um navio vindo
do norte (isto é, vindo do lado esquerdo do posto de observação
no topo do Moreno), do mesmo lado era hasteada uma bandeira
vermelha.
Se
avistasse vindo do Sul, isto é, à sua direita, hasteava a
bandeira azul do mesmo lado. No topo da cruz era colocada
a bandeira branca quando o navio vinha do sol nascente, do
leste.
Em
Paul, no Péla Macaco (conhecido também como Atalaia)
ou na Pedra do Cais de Minério, toda essa operação era repetida
e do Porto de Vitória, a Capitania iniciava seus trabalhos
de assessoramento da entrada do navio, conduzindo-o da boca
da barra até o Cais do Porto.
O lirvo Krikati,
Tio Clê e o Morro do Moreno narra a história
da sinalização criada por Clementino de Barcellos.
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