Apreciação do livro de Dna Glorinha - Por Eurípides Queiroz do Valle
"A Professora Maria da Glória de Freitas Duarte teve a delicadeza de confiar-me, ainda no original dactilografado, o estudo que empreendeu sobre o “Folc.-lore de Vila Velha”, premiado no concurso “Jayme Duarte Nascimento – 1970”, instituído pela Academia Humberto de Campos daquela antiga Vila, hoje oficialmente cidade do Espírito Santo.
Abriu o seu trabalho com o capítulo que intitulou “Um pouco da história de Vila Velha”. Seguiram-se a este os referentes à “Vila Velha, suas tradições e sua fé”, as Festas Tradicionais no qual inclue a Festa da Penha, e de São Benedito e a do Divino Espírito Santo; ao Natal e seus festejos; Contra-danças; Brinquedo de Boi; Reisado; Marujada; Reis; o Teatro em Vila Velha; Festas Juninas; Carnaval; Canções; Contos e estórias; Mitos e lendas; Enigmas e advinhas; Anedotas bentinhos; Trava-linguas e provérbios; Expressões e inscrições; Costumes de nossa gente; Serenatas; Folguedos infantis e Mnemonicas.
Todos esses capítulos estão ilustrados com farta messe de exemplos curiosos e transcrições interessantes que revelam a riqueza dessa “ciência do povo” naquela velha e quatricentenária cidade-mater espírito-santense. A ilustre Professora Maria da Glória revelou, com este seu paciente trabalho, o grande conhecimento que possue da história de sua terra e, de envolta com esse conhecimento, o grande amor e estima que dedica as suas tradições mais caras, mais expressivas e queridas.
O seu livro cheio de curiosidade e de interesse para os espirito-santenses em geral e, em particular, para o estudioso do nosso passado histórico, vai representar, sem dúvida, valiosa contribuição para um melhor conhecimento do Espírito Santo e maior divulgação de suas riquezas e seus valores culturais.
O estudioso do Folc-lore brasileiro vai encontrar nele fonte preciosa de conhecimentos, dada a riqueza de informes e dados que conseguiu reunir e coordenar. Bem compreendeu a sua ilustre autora o que representa para o futuro de nossa terra a divulgação de seus costumes, seus hábitos, seus usos e tradições para um juízo perfeito do papel que representará na comunidade brasileira.
Só os que já se dedicaram a estudos e pesquisas dessa natureza podem bem avaliar o que eles representam de trabalho, de paciência e de dedicação. Nem sempre o material necessário é encontrado à flor da terra. Não raro terá o pesquisador de descer ao sub-solo de velhos arquivos, velhos jornais, velhos livros, velhas coleções e também a palavra de velhos conhecidos e amigos para colher neles e deles a pepita de ouro preciosa e desejada.
D. Maria da Glória de Freitas Duarte realizou todo esse trabalho com rara dedicação e um grande carinho por sua terra, dedicação e carinho que seriam impossível ocultar ou esconder pois que eles aparecem aqui numa frase delicada, se revelam ali num conceito amistoso e se expressam acolá em palavras de justificado orgulho e compreensiva ufania pela terra em que nasceu e pelos homens do passado, seus conterrâneos, que souberam engrandecê-la e dignificá-la.
Há nesse livro uma nota de tocante amor filial. É quando a autora, na dedicatória inicial, se refere, carinhosamente, a um sábio conselho de sua veneranda e saudosa mãe, ao lhe dizer:- “Escrevam todas as cousas bonitas de Vila Velha antiga, porque, quando eu e os outros velhos desaparecermos, todas essas belezas desaparecerão conosco”.
E ela escreveu. E fê-lo neste belo livro.
Vitória do Espírito Santo, em 05 de agosto de 1973".
Apreciação Inicial ao livro: Eurípides Queiroz do Valle
Livro: VilaVelha de Outrora, 1990
Autora: Maria da Glória de Freitas Duarte
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2012
Essa é a versão mais próxima da realidade...
Ver ArtigoComo judiciosamente observou Funchal Garcia, a realidade vem sempre acabar “com o que existe de melhor na nossa vida: a fantasia”
Ver ArtigoUm edifício como o Palácio Anchieta devia apresentar-se cheio de lendas, com os fantasmas dos jesuítas passeando à meia-noite pelos corredores
Ver ArtigoEdifício Nicoletti. É um prédio que fica na Avenida Jerônimo Monteiro, em Vitória. Aparenta uma fachada de três andares mas na realidade tem apenas dois. O último é falso e ...
Ver ArtigoEra a firma Antenor Guimarães a que explorava, em geral, esse comércio de transporte aqui nesta santa terrinha
Ver Artigo