Nossa história, nosso futuro por Ronald Mansur
A família que não conhece a sua História deixou o seu futuro no passado. Recolhi esta frase no site de uma família de origem italiana. Ela tem uma verdade que não se contesta. Podemos também dizer que um povo que não conhece a sua História deixou o seu futuro no passado. Relaciono abaixo quatro livros importantes da nossa História, publicados no século XIX:
“História da Província do Espírito Santo”, de Misael Ferreira Penna. Este livro teve o “objetivo de reunir os acontecimentos, que se achavam dispersos em livros e relatórios e colocá-los numa narrativa cronológica”. Foi publicado em 1878 e tem 213 páginas.
“Memórias Históricas e Documentadas da Província do Espírito Santo”, de Braz da Costa Rubim, foi dividido em cinco partes: de 1534 a 1717, compreendendo o governo dos donatários ou de seus lugares tenentes; de 1718 a 1798, o governo dos capitães-mores subalternos ao governo da Bahia; de 1813 a 1822, os governadores independentes do governo da Bahia: e, de 1822 a 1824, o governo provisório. Foi publicado em 1861 e tem 183 páginas.
Em “Dicionário Histórico, Geographico e Estatístico da Província do Espírito Santo”, o autor César Augusto Marques cita que esta publicação “nos custou muitas fadigas, escrevemo-la à luz da imparcialidade e da razão, não nos ofuscando a mente predileções, e muito menos ódio”. Este livro gerou um problema. O presidente da Província que o contratou deixou o governo, o sucessor suspendeu o contrato, o sucessor suspendeu o contrato, mas logo em seguida o retomou. Foi publicado em 1876 e tem 247 páginas.
Já em “Ensaio sobre a História a Estatística da Província do Espírito Santo”, José M. Pereira de Vasconcelos fala que a sua obra contém “muitos documentos curiosos e interessantes, a história da fundação, povoação, governo, monumentos, guerras, desde o descobrimento de cada município até o presente, bem como a extensão, limites, minas, rios, produtos etc.” Na terceira página tem um texto interessante: “Vai, livro, formar mais uma pedra para o edifício da História, de estatísticas de minha terra. Defeitos tens: mas qual a obra absolutamente perfeita nessa vida? Dos leitores indulgentes esperamos desculpas, dos críticos discussão sincera; dos malignos temos compaixão.” Publicado em 1861 e tem 234 páginas.
Estas publicações são vitais para quem deseja conhecer a História Capixaba. Mas como ter acesso a elas? Uns poucos privilegiados asa possuem. Certamente algumas bibliotecas as tenham. São obras raras a que poucos têm acesso livre e direto. Um manuseio mais intenso poderia provocar danos irreparáveis. No site estantevirtual.com.br, que comercializa livros de 1750 sebos, com um acervo de 24 milhões de títulos, encontrei um exemplo dos quatros livros citados, que foi o “Ensaio Sobre a História e Estatística da Província do Espírito Santo Dicionário Histórico”, por um valor de R$ 750.
Já se foi o tempo em que ter acesso a estes livros era uma missão quase impossível e cara. Por meio da internet podemos ter acesso a eles. Aos interessados, basta acessar o meu endereço eletrônico, que está no final deste texto, que terei o maior prazer em indicar o caminho para adquiri-las, ao preço médio de R$ 50. Garanto que o investimento compensa pelo valor das obras. Viva a democratização da informação!
Fonte: Jornal A GAZETA, 04/01/2011
Autor: Jornalista Ronald Mansur
E-mail: ronaldmansur@gmail.com
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2012
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