O Acordeom de Edson Quintaes
Sempre sonhei em tocar acordeom, quando fiz 15 anos comecei a tocar em vários lugares.
Em todas festas juninas eu era chamado para animar tocando nas "quadrilhas".
Na foto, eu tinha exatamente 15 anos, e ao meu lado estavam as colegas de acordeom, Giselda Cacciari e Yeda Castelar e Silva.
Nosso professor de acordeom era cego mas um excelente professor, nosso saudoso amigo professor Walter Fraga.
Toquei em tantas festas juninas que o fole de meu acordeom em poucos anos estragou, pois meu suor molhava o dito fole que era feito de papelão, portanto durou poucos anos.
Eu adorava tocar, ia para as festas com o meu instrumento prestando mais atenção na minha música, tentando nunca errar, e não ligando para as pessoas em volta.
Meu instrumento era um dos menores e mais simples, 80 baixos com 2 registros somente, super simples, mas o som era maravilhoso para os meus ouvidos, presente de natal dos meus finados paes, Balbino Quintaes Junior e Elsie de Almeida Quintaes, que Deus os tenham.
Parece que foi ontem...
Durante muitos anos nos bailes de festas juninas, eu já com 20, 30, 45 anos e com um conjunto musical tocando profissionalmente, nunca esqueci daquelas músicas da época das quadrilhas, e tocava sempre todas e como sempre todos gostavam...aplaudiam muito já usando teclados sofisticados como sintetizador e órgão eletrônico.
Em todos os clubes do Espírito Santo, alguns de Minas Gerais e outros do Rio de Janeiro, as músicas juninas sempre eram um motivo de alegria para todos os presentes.
Nos dias atuais, não sei onde foi parar o gosto pela verdadeira música...é um TUM TUM TUM...um bate-estaca sem melodia, muita luz, muita fumaça, muita gritaria, mas MÚSICA mesmo...nada ou quase nada.
Hoje se tirássemos as VOGAIS do nosso vocabulário, (aaa,eee,iii,ooo,uuu...) muitas "musicas" deixariam de existir...observem...! ! ! é lamentável...mas tenho esperança que um dia a juventude irá acordar e voltará a fazer novamente música com vários acordes, muitas melodias bonitas, etc etc.
PS: Não soltem balões, agradecemos.
Autor: Edson de Almeida Quintaes
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