Bondes - A viagem de Vila Velha a Vitória
Em Vila Velha o bonde fazia um percurso de dez quilômetros sobre a linha férrea. Eram dois bondes – um saía de Paul, o outro de Vila Velha. O cruzamento entre eles se dava na estação de Aribiri.
Ali havia uma garagem para os serviços de reparo e manutenção dos bondes.
Os passageiros completavam a viagem para Vitória atravessando a baía nos botes dos catraieiros ou em lanchas. Havia duas lanchas: a Elizabeth e a Santa Cecília. Elas pertenciam à empresa que mantinha os bondes e fornecia eletricidade a capital do Estado e a Vila Velha.
O bonde era todo aberto e ventilado. Quando chovia era necessário baixar as cortinas de lona. Mesmo sem desenvolver grande velocidade, o bonde encurtava o tempo dos percursos entre as localidades que servia. As paradas eram indicadas pelos postes com uma faixa pintada de branco.
Os assentos dos bondes eram de madeiras, mas confortáveis. Em cada um cabiam cinco pessoas sentadas. Na hora de maior movimento, muitos passageiros viajavam em pé entre os bancos. Era comum os homens irem nos estribos, do lado de fora do veículo.
Havia também o reboque, que era um vagão menor, com menos conforto. Ele era ligado à parte traseiro do bonde, nos horários de maior movimento. Neles, o preço das passagens era mais barato e permitia-se o transporte de pequenos volumes.
A eletricidade que movia os bondes vinha pelos fios dos postes. O motorista chamava-se motorneiro e o cobrador das passagens, condutor. O condutor trabalhava percorrendo o estribo com o dinheiro na mão. Fiscais controlavam o movimento dos passageiros e o trabalho dos motorneiros e dos condutores. Todos usavam uniformes e quepes.
Fonte: Vila Velha: Nosso Município, 2003
Autores: Luiz Guilherme Santos Neves/ Léa Brígida Rocha de Alvarenga Rosa/ Renato José Costa Pacheco
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2012
O bonde 51, fabricado em Vitória; o 41, com estribo duplo; o 43, que circulava em Vila Velha; o 44, de Santo Antônio; o 45, da linha de Jucutuquara; o 49, da Praia do Canto...
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Ver ArtigoLi matéria dos catraeiros que fazem até hoje a travessia entre Vitória e Vila Velha. Gostei muito, e novamente fui ao passado ! ! !Na década de 50 e 60 (até 1967...) eu tocava acordeom nas noites de várias cidades de nosso estado.
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