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Concurso Colégio São José

1 lugar: Guilherme

Os alunos do Colégio São José, do 5º ao 8º ano, participaram do concurso promovido pelo site Morro do Moreno com o objetivo de incentivar às crianças e jovens a dar asas à imaginação através da escrita, tendo como tema o Convento da Penha. O texto poderia ser ficção com realidade ou um relato pessoal. A premiação foi realizada em sala de aula.

Parabenizamos aos vencedores e convidamos você a apreciar as produções literárias desses alunos.

Segue abaixo os nomes dos vencedores do 6º e 7º ANO:

1º lugar: Guilherme Fernandes Bittencourt – 6º C

Convento da Penha

Certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que aparecia no alto de uma montanha e acenava para ele ir procurá-la.

Ajudado por alguns pastores ele conseguiu encontrar a imagem do sonho e lá nesse local construiu uma capela que ficou famosa pelos milagres alcançados por meio da Senhora da Penha. Isso aconteceu no norte da Espanha em um local chamado Penha de França, iniciando aí o culto a Nossa Senhora da Penha.

Já no Brasil o culto a Nossa Senhora da Penha foi trazido por marinheiros portugueses.

Conta a história que a construção do Convento aconteceu quando uma imagem da padroeira chegou aqui trazida a pedido de Frei Pedro Palácios, sumiu e foi encontrada pelos índios no alto do rochedo. Acontece que o fato sempre se repetia, ela era levada e sumia. Foi então que o Frei resolveu que o melhor era construir a capela lá no alto, já que era lá que ela sempre era encontrada.

O Convento é sempre uma grande atração, sendo uma das referências mais forte do Espírito santo, tornando-se uma parada obrigatória para quem vem ao Estado, pois a vista é algo de espetacular.

Fazer a subida a pé, respirando o ar da Mata Atlântica que rodeia o Convento, vendo os micos que aparecem por lá é fantástico.

De lá do alto podemos tanto ver a cidade de Vila velha como também a ilha de Vitória, assim como os vários navios que passam por baixo da Terceira Ponte. Essa, por sinal, teve seu projeto original alterado para garantir a vista do Convento durante todo o percurso que liga Vitória a Vila Velha.

As festividades da Penha acontecem todos os anos na segunda-feira após a Páscoa, com várias romarias. A dos homens que sai de Vitória é uma das mais conhecidas. Atualmente mulheres e crianças já estão fazendo parte dessa romaria, que está, na verdade, se tornando romaria das famílias. Além dessas, acontecem várias outras, como a das mulheres, a dos deficientes, a dos cavaleiros, a dos ciclistas, entre outras.

O interior do Convento também é belíssimo com obras paisagísticas nas paredes da capela.

Como símbolo Capixaba, o Convento da Penha tem tradição religiosa, beleza e muita história.

2º lugar: Gabriela Cardoso Lima – 7º ano C

Evidências

Estava um dia nublado e cinza, era sempre assim, depois que Josh começou a usar drogas. Seu pai Alberto, já vinha conversando com sua mãe Maria a um bom tempo sobre interná-lo e decidiram que assim seria.

No dia seguinte, no café da manhã, quando era para todos estarem sentados à mesa, Josh, não comparecia e dona Maria aos berros dizia:

- O que é que aconteceu com meu filho? Onde ele está? É como se existisse um vazio dentro de mim e...

Seu Alberto a interrompendo e abraçando-a dizia:

- Meu amor, sabemos que isso é difícil, mas acalme-se. Se ele não chegar a casa até às 10h ligamos para ele e conversaremos a respeito.

Ela em prantos respondeu:

- Tudo bem. Chegue do trabalho mais cedo, por favor? Eu preciso de sua companhia.

- Sem problemas. Estou indo. Qualquer coisa, me ligue, tchau!

- Tchau!

De noite, quando seu Alberto chega em casa diz com um sorriso no rosto:

- Está tudo resolvido. Passei a tarde toda conversando com um médico, achei Josh e agora, ele ficará internado por volta de um ano.

- E agora? Eu sentirei falta dele. Mas eu sei que é o melhor.

Passou um ano e agora o dia não era mais escuro. Pois Josh já não era mais um viciado. Agora ele era um dos melhores de sua sala e muito compreensivo com sua família. Mas ele mesmo vivia se questionando “falta algo”!

Até que um dia, resolveu ir a pé à escola, o que não era de seu costume. No caminho parou, olhou e observou o Convento da Penha e deu um grito:

_Achei o que falta! E achei minha solução!

Todos o olhavam com uma cara estranha de quem não aprova nem um pouco alguém gritar na rua.

Josh sai correndo para a escola. E quando chega na ultima aula não vê a hora de acabar logo.

O sinal toca. Foi aquela euforia de alunos correndo.

Ao chegar em casa, troca rapidamente sua roupa e vai até o Convento para assistir à Missa das 14h. Para Josh tudo isso foi maravilhoso, pois nunca tinha ouvido palavras tão bonitas quanto àquelas do padre, que se encaixavam perfeitamente com o que acontecera em sua vida.

Ele comprou terço, medalhinhas, enfim... Mudou completamente. E só foi sair de lá quando percebeu que já eram mais de 17h e que já estava com fome.

Quando chegou em casa tomou seu banho, comeu, se deitou e ficou pensando como sua vida mudou depois que parou de usar drogas e começou a seguir o caminho de Deus.

15 anos depois...

Josh estava adulto e tinha sua própria família, tinha um casal de filhos gêmeos. Um era o Pedro e a outra a Alice. Sua esposa era Cecília.

Eles iam sempre ao Convento da Penha, pois foi lá que ele se recuperou completamente e livrou a sua vida do pior inimigo do homem: A DROGA!

3º lugar: Luana Marques Ribeiro – 6º ano C

Convento da Penha

Era um belo dia de sol quente, eu estava em casa esperando meu tio Anselmo chegar de viagem lá do Rio de Janeiro. Enquanto isso, meus pais e eu (João e Rosane) resolvemos ir ao Convento da Penha.

Meu tio chegou uma hora depois. Eu pedi que se arrumasse para darmos início ao maravilhoso passeio, que foi inesperado para ele, já que tinha acabado de chegar e nem se dava conta em que lugar era o passeio. Mas logo depois avisei para ele.

Quando chegamos ao portão do Convento da penha, estacionamos na rua ao lado onde tinham barracas com artesanatos, bíblia, água glorificada, cangas e outras coisas. Passamos o segurança e andamos toda aquela rampa gigante que tem lá para quem quiser subir. Como já era provável, já que meu tio anda muito no Rio de Janeiro porque lá é tudo muito longe, não ficou cansado. Infelizmente, minha mãe ficou com sede, fome e exausta. Tínhamos andado a metade da rampa, mas ainda bem que como toda mulher é esperta, ela trouxera chocolate, biscoito de água e sal, incluindo o protetor solar! Ah! Mas nós não somos bobos de ir pelo caminho mais inclinado do Convento, fomos pelo outro.

Nós chegamos sãos e salvos ao topo da nossa persistida! Lá sentamos no banco e comemos, bebemos, rimos , admiramos...

Agora, depois de tantos contratempos subimos alguns degraus a mais e paramos perto do telefone que fica localizado ao lado de uma lojinha e perto da vista para a terceira ponte. Assim, meu pai viu o número do orelhão e de brincadeira pegou o celular e ligou para esse número! Até fez voz mais grossa para não ser descoberto, sem contar que se escondeu atrás da pilastra! Como o Anselmo é bobo, tirou o telefone do gancho e disse:

- Alô?

- Olá, eu queria falar com o Padre do Convento, ele se encontra agora?- disse meu pai quase rindo.

- Ah! Espere um pouco, vou ver se ele se encontra! – falou meu tio.

Ele foi até a porta da igreja e saiu perguntando para todos se o padre estava lá! Ninguém respondeu, então voltou ao telefone e disse:

- Bom, ele não está. Ligue outra hora. – disse Anselmo.

- Seu bobo, é o João! Estou atrás da pilastra! – disse meu pai.

- Ah! Você me enganou! Tchau! – disse meu tio.

Eu morri de rir, Anselmo ficou de boca aberta! Continuando, nós corremos até uma porta parecida com uma grade e lembramos que, quando eu ainda usava chupeta, fomos a esse portão e a chupeta caiu pela escada e foi rolando até o chão. Eu comecei a chorar e berrar! Ai, ai...

O dia com meu tio fora inesquecível. Passamos a igreja e fomos ver o porto de Vitória, mais uma vez, meu tio ficou de boca aberta! Ele achou lindo tudo aquilo...

Depois fomos para aquela capela e rezamos, e logo fomos à pedra onde todos tiram fotos. Meu tio ficou louco e não quis parar de clicar a câmera, mas eu persisti em puxá-lo e consegui. A vitória foi minha! Depois fomos à cantina comer alguma coisa.

Quando íamos descer do Convento da Penha para ir embora, fomos pelo caminho mais inclinado, todos estávamos cansados e não víamos nada com tanto sono! Minha mãe andava sem parar pensando que o caminho estava livre, quando quase pisou em cima de uma caranguejeira enorme! Ela logo desviou!

Chegamos ao meio da trilha e vimos vários macaquinhos. Como tínhamos biscoitos de água e sal, demos a eles na boquinha! Eles eram lindos, e tiramos fotos. Mas logo fugiram...

Chegamos graças a Deus lá embaixo no portão e fomos para o carro. Quando vimos, havia pegadas amarelas parecidas com a de pessoas, vindas debaixo do carro. Fiquei com medo, pois não havia isso quando chegamos ao Convento da Penha...

Nota do Site: Os alunos foram premiados com livros de autores capixabas, como forma de incentivo e reconhecimento ao mérito de cada um. 



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