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Demanda de energia no campo supera a oferta

O aumento na área irrigada do Estado, além de incrementar a produção agrícola, está trazendo também problemas, uma vez que a demanda por energia elétrica cresceu mais do que a capacidade de oferta, principalmente, no Norte do Estado. Em 1985, o número de produtores que utilizavam equipamentos para irrigação movidos a energia foi de 304, sendo que em 1984 este número era de 129, o que representa um crescimento de 135%.

Em relação ao consumo de energia, este percentual passou de 1.103 MWh para 7.700 MWh, o que representa um índice de 598,1%, segundo dados do engenheiro da Escelsa, Ronaldo Tadeu Alighieri. Os números de 1985 correspondem a uma área irrigada de 6 mil hectares e as previsões para este ano são de que esta área chegue a 15 mil hectares.

Existe a possibilidade de, nos próximos 4 ou 5 anos, esta área chegar a 48 mil hectares irrigados, o que representaria 5% da área potencialmente aproveitável para a agricultura de irrigação, conforme dados da própria Escelsa. Esta previsão foi feita com base no crescimento atual da irrigação, levando-se em consideração que sejam mantidos os atuais níveis de demanda de energia para este setor.

O crescimento do interesse pela irrigação, o que faz aumentar a demanda por mais energia elétrica na área rural, pode ser explicado pelas medidas do governo que beneficiam a agricultura irrigada e a própria criação do Ministério da Irrigação, além da inclusão do Espírito Santo, no Plano Nacional de Irrigação.

Além disso, a criação de linhas de crédito específicas para irrigação permite a eliminação de incertezas, por parte do produtor rural, quanto à obtenção de financiamentos acessíveis para os de pequena e média propriedade, que são em maior número no Estado.

Em função do crescimento na área irrigada do Estado, a Escelsa elaborou um levantamento das potencialidades de 20 municípios no setor de irrigação. Ao final do levantamento, constatou-se que o Espírito Santo possui um total de 973.940 hectares que podem ser utilizados para a agricultura desde que sejam irrigados. Atualmente, o Estado utiliza apenas 5% deste total para plantar com irrigação.

 

Fonte: A Gazeta, 10/04/1986
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015

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