Família Lofiego (ou Lofêgo)
Transcrito do trabalho "Lofiego Lofêgo 1875 a 1998" de autoria de Luciana Botelho Bonnemasou
Francesco Lofiego foi o primeiro a "descobrir o Brasil", vindo de Castellucio Superiore, província de Potenza, na Itália, em 1875. Gostou tanto do clima europeu e das possibilidades comerciais que vislumbrou em Villa do Rio Pardo (Iúna-ES), que mandou chamar sua família: Rosa D´Amico Lofiego e seus três filhos Giuseppe, Bráz eNóbila, que chegaram em 1879.
Naturalizaram-se: Lofiego passa a ser Lofêgo, D´Amico passa a ser Amigo. Francesco, naturalizado Francisco, prosperou muito no comércio. Ajudou na formação da Villa do Rio Pardo (Iúna-ES). Participava dos festejos católicos, missas e procissões.
Seus filhos cresceram em parceria com a nova terra e nesta mistura étnica Brasil & Itália. Bráz casou-se comPalmira Affonso (Vidinha), Nóbila casou-se com Domingos Vivacqua e Giuseppe, naturalizou-se José Antônio e com 24 anos casa-se com a brasileira de 18 anos Maria Rodrigues de Paula. Nasce desta união 11 filhos:
Rosina, Antônio (Ninico), Francisco (Chichico), Lídia, Elizeu (Zezeu), Onair, Zilda, Almir, Maria Auxiliadora (Dady), Moacyr e Ilza.
José Antônio, comerciante dinâmico, tornou-se também fazendeiro. Participou da política no afã de ajudar no progresso de Rio Pardo (Iúna-ES), onde foi prefeito, vereador e presidente da Câmara Municipal. Excelente administrador, fez várias obras, entre elas, a sede da Prefeitura.
Um homem de gosto apurado, apreciava música e assim formou a "Banda de Música Carlos Gomes". Educou junto com sua esposa Maria, os filhos com esmero e transmitiram a eficiência no comércio, o gosto pela música (apreciava tanto que num gesto inédito contado pelos seus filhos, mandou buscar um piano para sua residência, o qual fora trazido a pé, por homens, até Rio Pardo), as meninas além disso, aprenderam a bordar e costurar.
Os pais queriam que os conhecimentos dos filhos fossem mais aprimorados e disciplinados.
As dificuldades físicas eram grandes e os caminhos abismais. De Rio Pardo (Iúna-ES) à Muniz Freire eram 5 horas a cavalo com chuva e com sol. Em Muniz Freire dormiam no hotel ou na casa de algum conhecido e partiam para Castelo, mais 7 horas a cavalo. Em castelo, pegava-se o trem até Cachoeiro e daí seguiam para Vitória. As filhas estudaram no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (Carmo), em Vitória. Os filhos estudaram internos em colégios e alguns deles no São Vicente de Paula (Vitória). Tornaram-se comerciantes, advogado e dentista.
José Antônio fazia constantes viagens ao Rio de Janeiro para comercializar e fazer compras para a família. O Rio de Janeiro já se impunha na moda e José Antônio comprava para a família botinhas, luvas, chapéus, lenços e tecidos de qualidade na tradicional loja Parque Royale, onde havia também colchas e toalhas de mesa para enxoval. Nesta oportunidade, gostava de levar algum filho e introduzí-los à ópera, no Teatro Municipal.
As filhas de José Antônio e Maria (Vovó Maricas) casaram-se com juízes, promotores e desembargadores. Os filhos casaram-se com mulheres preparadas e dinâmicas.
José Antônio faleceu na década de 20 e mais tarde Vovó Maricas foi morar em Vila Velha, onde faleceu na década de 50.
Uma observação esclarecedora: Rosina, a filha mais velha, casou-se primeiro e alguns filhos nasceram em Iúna e assim, foram criados juntos com os tios quase da mesma idade num convívio de irmão. Por isso, a mistura e a intimidade foi ampliando para outras gerações, criando até hoje um difícil compreensão de quem é primo de primeiro e de segundo grau. A hierarquia é clara, mas a proximidade e os laços de amizade foram mais fortes. Mas, independente da idade, todos se misturaram num convívio só.
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