Igreja de São Gonçalo
Construída com pedra, cal, borra de óleo de baleia e areia. Foi inaugurada em 1766 e abriga a antiga Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, hoje Venerável Arquiconfraria. Da edificação original estão preservados a sacristia e os corredores laterais. Possui fachada com características barrocas, com janelas e portas de vergas curvas. O frontão é do século XIX. Foi sede paroquial e também, enquanto duraram as obras da Catedral. Em 1948, foi tombada como monumento histórico nacional com todo o seu acervo, no qual se destacam as imagens portuguesas setecentistas de Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier. Suas festas populares são as procissões de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, dias 14 e 15 de agosto.
A Igreja de São Gonçalo, a preferida das noivas da cidade, é, segundo a crença popular, “a igreja dos enlaces duradouros e felizes”.
À direita, começa a pequena Rua São Gonçalo, que até a década de 1930 possuía calçamento do tipo pé-de-moleque. Ladeada por muros e gradis que delimitavam os fundos dos quintais, era uma rua calma até os anos 40.
Á esquerda, a Rua Moniz Freire, antiga Rua da Assembléia, conservou até bem pouco o casario da época colonial. Em 1980, quatro de suas casas mais significativas, apesar de tombadas pelo Conselho Estadual de Cultura, foram demolidas para a construção do edifício do Fórum Estadual. Das que restam, a mais notável é a Casa da Família Cerqueira Lima (14), cuja fachada é ricamente trabalhada.
Descendo a rua, vê-se o prédio da Loja Maçônica “União de Progresso” (15), a primeira do Estado. Inicialmente instalada em 1872, na Rua Duque de Caxias, promovia, além de suas atividades específicas, aulas noturnas para os trabalhadores. Já na Rua Moniz Freire, a Loja Maçônica foi palco de inflamados discursos em defesa da abolição da escravatura.
O prédio vizinho é a antiga Escola Municipal São Vicente de Paula (16), antes ginásio particular dirigido pelo padre Aristóbulo Barbosa Leão. Originalmente residência unifamiliar, seu mais ilustre moredor foi José de Melo Carvalho Moniz Freire. Duas vezes presidente do Estado, de 1892 a 1896 e de 1900 a 1904, a ação de Moniz Freire em Vitória foi a de prepará-la para ser uma capital moderna, à altura do desenvolvimento que ele planejava para o Espírito Santo.
Fonte: Roteiro Histórico I - 2ª Edição, administração prefeito João Carlos Coser, Outubro/2007
Fotos: SEDEC/GPU/CRU
Compilação e Scaner das Fotos: Walter de Aguiar Filho, Junho/2011
GALERIA:
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