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Imagens Coloridas - Por Eny Botelho

Casa do Desembargador Augusto Botelho, pai da autora da crônica

Na entrada de nossa casa, à direita, junto ao muro, um canteiro de violetas, muita sombra e umidade, lugar ideal para o cultivo das delicadas flores.

Violetas roxas e perfumosas, escondidas sob folhas verdes e arredondadas. Pequenas e singelas, exalando sempre um aroma bem agradável. Cuidadosamente colhidas e arrumadas, em pequeno buquê, para serem oferecidas à mamãe. Eram suas flores prediletas, e ela, tal qual a violeta, meiga, perfumosa e simples, sem se dar conta de ser possuidora de tão preciosos dons.

As trepadeiras retorcidas e multicoloridas, com flores caindo em cacho, cobriam a frente e o lado da varanda.

Num caule de uma das buganvílias uma orquídea solitária, de cor lilás, rajada de carmim e amarela, presente de um amigo de papai, dava um toque de carinho ao ambiente.

No mesmo nível da varanda, canteiros de samambaias, lindas, verdes e viçosas. Embaixo, outros de rosas vermelhas, orquídeas e folhagens variadas.

Belos manacás floridos e perfumados avistavam-se da janela do gabinete de papai.

Pés de sereno, com folhas matizadas de verde, branca e rosa, formavam cerquinhas, separando lugares.

E bem lá no fundo, junto à cerca de ripa, um raro arvoredo, “flor de maio”, co flores tipo margarida, branca com miolo amarelo, fechava a parte floral, marcando o início do pomar, com variedade enorme de frutas, para todos os gostos nossos e dos amigos que vinham nos visitar.

 

Fonte: Retratos Coloridos, 2002
Autora: Eny Botelho
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2013

 

 

Literatura e Crônicas

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