Recepção festiva ao Des. Augusto Botelho
A varanda, lugar onde passávamos grande parte do nosso tempo. Comprida, revestida de ladrilhos claros, com enfeites coloridos, sempre limpos, brilhantes e bem cuidados.
Na rede, ficávamos lendo, estudando ou conversando com amigas. Também lá foram os primeiros treinos de patins, com muitas quedas, sem maiores conseqüências.
Eram entradas e saídas, um movimento constante.
Na parede, um espelho incrustado num quadrado de azulejos, era parada obrigatória para conferir o visual e dar os últimos retoques, antes de sair.
Na frente, o movimento da rua, pessoas que iam e vinham e a passagem do bonde, a cada meia hora, dava um toque bucólico ao cenário.
Olhando para o alto, como diante de uma tela, a bela paisagem do Convento da Penha, nos levava a orar com fé, para pedir e agradecer.
Ao cair da tarde, quando papai voltava do trabalho, abria o portão e pigarreava, era recebido festivamente...
O pachorrento cão saía do seu marasmo e ia ao seu encontro abanando a cauda. O velho passarinho de cabaça vermelha, “o cardeal”, batia as asinhas se arrepiando todo e, com um lindo trinado, anunciava a sua chegada.
Lá, no interior da casa, diante de tanto rebuliço, com certeza, já se tinha percebido a sua presença e o aguardava com a maior alegria.
E ele, de terno, gravata e chapéu, pasta de couro preta e carregando alguns pacotes de guloseimas para nós, atravessava feliz aquele varandão, para encontrar com a família.
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Eny Botelho Baptista morava na Prainha, em Vila Velha, na Rua Luciano das Neves, de frente para a Rua Dom Jorge de Menezes, com a varanda voltada para o Convento da Penha.
Livro: Retalhos Coloridos, 2002
Autora: Eny Botelho Baptista
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2013
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