O Amor do Mar – Por Elizabeth Martins
Brisa marinha
Segreda
Doces mistérios
Do amar
Sou água, sou mar. Beijo esta ilha ininterruptamente e vivemos num constante ato de amor.
Afago seus pés, envolvo seu corpo e devolvo a cada dia o dia que passou, para que ela não envelheça.
Deixo-a cheirosa com o meu cheiro e com a brisa que trago despenteio os seus cabelos, para que natural e irresistível permaneça.
Atraio sobre mim a fúria das tempestades e dos relâmpagos para não permitir que desmanchem seu calmo olhar e viver. Deixo que apenas a chuva fina a alcance, lave seu corpo e a torne mais bela com seus morros verdes da mata que resiste, com suas pedreiras brilhantes da água que escorre penetrando seus recônditos espaços.
É minha, esta ilha, eu a tomo e envolvo num abraço que há tempos foi mais apertado. Tentam me afastar, empurrando-me com aterros e construções, mas eu insisto, continuo próximo, volta e meia cresço buscando estreitar este abraço. Sei que ela me deseja tanto quanto imutável é o meu desejo dela.
Vivo para esta ilha e lhe trago vida que a alimenta, beleza que a enfeita, escondo seus sóis que se põem e liberto suas luas cheias.
Estranho amor que me faz tomar a amada cada dia mais bela para que outros caiam na armadilha do seu fascínio, aprisionado por seu doce visgo. E, da mesma forma que eu, tragam carinhos e enfeites para mantê-la, sonho e realidade, Vitória, sempre linda.
Escritos de Vitória – Uma publicação da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Vitória-ES, 1997
Prefeito Municipal: Paulo Hartung
Vice-Prefeita Municipal: Luzia Alves Toledo
Secretária Municipal de Cultura: Cláudia Cabral
Sub-secretária Municipal de Cultura: Verônica Gomes
Diretor do Departamento de Cultura: Joca Simonetti
Adm da Biblioteca de Adelpho Poli Monjardim: Lígia Maria Mello Nagato
Bibliotecárias: Elizete Terezinha Caser Rocha, Lourdes Badke Ferreira
Conselho Editorial: Álvaro José Silva, José Valporto Tatagiba, Maria Helena Hees Alves, Renato Pacheco
Revisão: Gilson Soares
Capa: Ângela Cristina Xavier
Editoração: FCAA
Impressão: Gráfica ITA
Fonte: Escritos de Vitória, nº 18 – Cidade Presépio, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – PMV, 1997
Texto: Elizabeth Martins
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2018
Elizabeth Martins,
Nascida em Vitória (ES)
Formada em História pela UFES
Professora e Escritora
Autora de A Bailarina Cor de Rosa
Publica crônicas em A Gazeta
O ano que passou, o ano que está chegando ao seu fim já não desperta mais interesse; ele é água passada e água passada não toca moinho, lá diz o ditado
Ver ArtigoPapai Noel só me trouxe avisos bancários anunciando próximos vencimentos e o meu Dever está maior do que o meu Haver
Ver Artigo4) Areobaldo Lelis Horta. Médico, jornalista e historiador. Escreveu: “Vitória de meu tempo” (Crônicas históricas). 1951
Ver ArtigoEstava programado um jogo de futebol, no campo do Fluminense, entre as seleções dos Cariocas e a dos Capixabas
Ver ArtigoLogo, nele pode existir povo, cidade e tudo o que haja mister para a realização do sonho do artista
Ver Artigo