Loteamento da Praia da Costa
A ocupação da orla litorânea da cidade começou com o loteamento das terras pertencentes à família Motta durante o segundo mandato do prefeito Eugênio Pacheco de Queiroz, por volta de 1940. A divisão da gleba foi projetada pelo topógrafo Francisco Assumpção de Carvalho (Carvalhinho), que radicou-se na cidade e casou-se com a jovem Zilda Caldeira, filha de família tradicional, com quem teve 3 filhos. A área loteada estava localizada entre a praia da Sereia, a base do Morro do Moreno, o rio da Costa e o limite das terras de Manoel Ferraz Coutinho.
De início, os lotes não despertaram interesse entre os moradores locais, ainda que oferecidos com áreas amplas para receberem residências espaçosas a preços acessíveis. Na verdade, o vilavelhense foi surpreendido com tal tipo de coisa porque ao longo de muitos anos acostumou-se à idéia de que era dono absoluto do seu espaço e do mar infinito. Foi assim que viveu desde a transferência da sede da capitania para a ilha até a metade do século. Todo filho de Vila Velha podia ser comparado às gaivotas no seu vôo livre, flutuando bem alto ao sabor do vento nordeste, que sopra constantemente trazendo o cheiro do mar. Na realidade, ele só despertou com a presença de gente diferente morando em casa nova, logo adiante. Era mais um amigo que ganhava, alegrou-se, mas depois percebeu que perdia um pouco do espaço que pensava ser seu.
Logo depois surgiu o loteamento da segunda grande área litorânea compreendida entre a praia da Costa, o loteamento da propriedade Motta, o rio da Costa e as terras de outros proprietários do lado sul da cidade. Era a gleba conhecida por sítio Flexal ou Frechal, de propriedade de Manoel Ferraz Coutinho. O empreendimento teve a autoria de Albuquerque e Clodomir de Sá Adnet, que vieram de Vitória e fundaram a Sociedade Imobiliária Nossa Senhora da Penha. O loteamento foi aprovado pelo prefeito Domício Ferreira Mendes, em 1950.
E assim, Vila Velha foi descoberta pelas empresas imobiliárias, e como a procela que se lança sobre o rochedo, assim chegaram as empresas de construção que há alguns anos vêm "coroando" Vila Velha como o município que mais cresce no estado. A cidade conta atualmente com uma infinidade de forasteiros, cujos modismos a transformaram, repentinamente, numa cidade cosmopolita e muito estranha.
Fonte: Vila Velha - Onde começou o Estado do Espírito Santo - 1999
Autor: Jair Santos
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