Os remendos do cágado – Por Maria Stella de Novaes
Certa vez, São Pedro convidou todos os animais alados, para uma festa, no Céu.
Muito amigo do urubu e desejoso de acompanhá-lo, pensou o cágado em resolver a dificuldade em que se achava de comparecer igualmente à recepção.
Como voar, porém, se não tinha asas?
Conseguiu entrar na mala do companheiro.
Já no Céu, o cágado arranjou uma roupa de baile e dançou à vontade. Iniciou, mesmo, um namoro com a garça. Mas, como bebeu muito, foi dormir, debaixo de um banco...
Todos os convidados voltaram, para a Terra, enquanto o cágado dormia profundamente, até que São Pedro foi varrer o Céu e o encontrou.
— Como veio?
— Na mala do companheiro urubu.
São Pedro quis enxotá-lo; mas, Nossa Senhora, penalizada, arranjou-lhe umas asas de cera, que lhe amenizassem a queda.
No caminho, as asas foram-se derretendo, com o Sol, e a cera grudou-se, na pele do animal, até que o pobrezinho, caindo numa pedra, ficou em pedaços. A cera, entretanto, era milagrosa e consolidou a carapaça do cágado, apesar de deixá-lo com os sinais dos remendos.
Fonte: Lendas Capixabas, 1968
Autora: Maria Stella de Novaes
Compilação: Walter de Aguiar Filho, novembro/2016
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