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Pontes – Por Beatriz Monjardim Faria Santos Rabelo

Terceira Ponte - Momentos que antecederam a ligação de Vitória a Vila Velha, 1988 - Fonte: Memória Capixaba

Palavra mágica que nos faz pensar em união, ligar, conquistar.

Faz-nos lembrar também de uma das primeiras lições de nossa infância: — ilha é uma porção de terra, cercada de água por todos os lados.

Um punhado de terra perdida na vastidão das águas. Só. Solitária, olhando ansiosa para terras distantes, sonhando um dia poder alcançá-las.

Sim, toda ilha tem um sonho: — crescer, estender seus braços e chamar a si, todos os que vivem à sua volta e irmanar-se, pois ninguém é feliz sozinho. Ninguém pode e nem deve ser uma ilha!

E então, pensamos em pontes, possibilidade única de uma ilha crescer e expandir-se.

Atravessando arrojadamente os mares, e audaz, saltando graciosamente sobre os rios vai, assim, conseguindo unir-se a outros continentes e a outras ilhas que circundam à sua volta.

Pontes são como artérias irrigando sangue novo, levando progresso, cultura e desenvolvimento a uma civilização.

Pontes significam, também, invasões, conquistas, quando usadas como instrumento de guerra. Mas, principalmente, pontes são traços de união, troca de conhecimento e de novos valores.

As pontes aéreas!

Encurtando as distâncias, hoje o nosso globo terrestre está todo interligado por pontes promovendo, assim, confraternização, mais união entre os povos.

Neste contexto de integração social, nós também somos "pontes" quando estendemos os nossos braços para acolhermos os nossos irmãos mais necessitados. Quando estendemos as mãos para acarinhar e consolar alguém que sofre ou para enxugarmos as lágrimas de alguém que chora.

Solidariedade! Essa é a verdadeira ponte! A ponte do amor, esse sentimento, o mais puro, que nos liga aos nossos semelhantes. Ponte, traço de união que um dia nos unirá a todos, independente de raça, idioma ou cor. Apenas seres humanos.

Todos os habitantes, filhos do Planeta Terra.

 

Fonte: Escritos de Vitória, 27 - Pontes, 2010
Autor: Beatriz Monjardim Faria Santos Rabelo
Santa Leopoldina, ES, 1928. Membro da Academia Feminina Espírito-santense de Letras. Participou das antologias Poetas capixabas, de Elmo Elton; Escritoras capixabas, de Francisco Aurelio Ribeiro; Poemar,Tempo das Águas e outras da AFELS. Publicou ainda três livros de poemas: Na encruzilhada do sonho (1977), Despetalando saudades (1996) e Floradas de inverno (2008). Teve seus versos publicados no livro Sombra do Arco-íris do famoso escritor Malba Tahan.
Compilação: Walter de Aguiar Filho, maio/2020

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