Aeroporto – Ainda temos Setiba ou Piúma
Em junho do ano passado, levantamos a tese de que o projeto de ampliação, modernização e reaparelhamento do nosso aeroporto, pelas características que o apresentavam como um terminal de padrão internacional, deveria ser melhor estudado, porque continha alguns inconvenientes quanto a segurança de vôo, incidência de ventos — o nosso nordeste é predominante — e outros aspectos quanto a viabilidade real de construção de uma nova pista, com 2.500 metros, no sentido do mar.
Da mesma forma levantamos alguns aspectos, especialmente quanto a viabilidade do conjunto do hotel, centro de convenções e aeroshopping, por entendermos que as projeções feitas contrariavam a realidade do mercado e a tendência natural que surgia e apontava este tipo de conjunto em aeroportos como aquele, que vinha perdendo importância econômica, colocando em risco os investimentos.
Estamos nesta expectativa desde o ano de 1999 e até hoje não conseguimos definir o projeto de um aeroporto internacional, que ainda está sendo tentado e, sem dúvida, agredindo alguns conceitos técnicos respeitáveis e que não são de nosso conhecimento. Em face destes aspectos continuamos defendendo a tese de que devemos lutar pela melhoria e modernização do nosso aeroporto, nos termos que têm sido divulgados oficialmente, mantendo suas imutáveis características de um excelente aeroporto doméstico, da mesma forma que devemos lutar por novas opções para um aeroporto internacional de cargas, longe de Goiabeiras.
O jornalista Uchoa de Mendonça, como nós também já o fizemos no passado, acaba de sugerir a construção de um aeroporto internacional no litoral sul do Estado, apontando Setiba como opção viável técnica e economicamente. Também defendemos, ainda hoje, que a localização ideal de um aeroporto internacional de cargas é o litoral sul, com ênfase não só na opção Setiba, mas, sobretudo, também na opção Piúma. As duas áreas, com seus estudos preliminares e dentro da configuração atual do sistema mercadológico e empresarial do Estado, sem dúvida, atenderiam aos elevados interesses da economia capixaba.
O Governador Paulo Hartung, que já teria feito no curso da sua experiência legislativa — e agora executiva — pronunciamento que se volta, em termos de um aeroporto internacional, para o sul do Estado, tem tudo para comandar esta nova e definitiva batalha porque o Espírito Santo precisa perder a sua timidez e se sentar ao mundo como a nova fronteira do desenvolvimento nacional.
O aeroporto de Vitória foi projetado para receber aeronaves DC-3, já que há muito tempo não tem área para sustentar processo seguro de ampliação e nem piso capaz de suportar, ultimamente tem acontecido, o pouso e decolagem de aeronaves. No máximo ele pode ficar com o 737 e o 767, este último com imenso sacrifício e risco, pois tem sérias restrições para decolar. O pouso e decolagem do 747 nem pensar. E muito menos o MD-11. Com a operação da Lan-Chile já estamos provocando preocupante desgaste no piso atual.
O Governo tem que agir com rapidez, para que o Estado não perca a opção do litoral sul — Setiba ou Piúma — como perdemos as antigas opções de Vila Velha (Jucu — Ponta da Fruta e Aeroclube) e Guarapari (antigo campo de aviação), inviabilizadas pela nossa tradicional imprevidência e ausência de visão do futuro, como áreas ideais para um grande e seguro aeroporto.
As duas mais viáveis opções atuais para a implantação definitiva de um aeroporto internacional de cargas precisam ser preservadas, já que poderão estar ameaçadas por invasões, desapropriações e má utilização em termos habitacionais ou agrários, exigindo, ainda, a liberação e aprovação das entidades do meio ambiente, geralmente demorada e complexa.
Ainda temos Setiba ou Piúma. Até quando?
Agosto de 2003
Fonte: Capixaba, sim (hoje mais do que ontem) – 2006
Autor: J.C. Mojardim Cavalcanti
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2014
O município de Piúma foi instalado no dia 02/01/1891, tendo como sede a Vila de Piúma. Em 26/01/1895, foi elevada à categoria de Comarca
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