Apicum do Poço - Edward Athayde D’Alcântara
De lagoa em lagoa a água foi se juntando até chegar a lagoa maior conhecida como Apicum do Poço, e principal braço (braço sul) do Rio da Costa.
Segundo relatórios de presidentes da Província, dali em diante os jesuítas abriram uma vala dando escoamento a essas águas que eram causadoras de febres palustres; lembro no terreno do Astrogildo o córrego tinha forma de uma vala aberta pelo homem.
Desde 1736 já se falava a respeito de uma vala iniciada pelos antigos para trazer água do Rio Jucu e abastecer a Vila do Espírito Santo. Em carta enviada ao rei D. João V, o capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, Silvestre Cirne da Veiga, opinava que o terreno da vila tinha condições de suportar uma grande povoação e seria “muito melhor acabando-se de abrir a vala que principiaram os antigos moradores para trazerem uma levada de água do rio Jucu que com facilidade se pode fazer”. (APE-AHU)
“Em outro tempo projetou-se e realizou-se até certo ponto a abertura de um canal partindo do Rio Jucu até a Vila. Essa obra seria de importância, mas demanda despesas que não compensarão as vantagens que d’ela se devem esperar, atendendo-se a pequena população, e ao estado de decadência a que muitos anos está esta vila reduzida, sem esperanças de que se possa levantar, por lhe faltarem os necessários elementos” (23/05/847). (Relatório apresentado pelo presidente da Província, Dr. Luiz Couto Ferraz).
“Há igualmente uma obra que urge começar, é a abertura da vala do campo de Vila Velha, principalmente no tempo dos jesuítas, foi depois abandonada; mas os danos, que causam as águas, que nesses compôs estagnam obstruindo o trânsito é incalculável” (30/11/1848). (Relatório que o Exmo Dr. Antônio Pereira Pinto entregou ao Comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, segundo Vice-Presidente da Província. – página 36.
Fonte: Memória do Menino...e de sua Velha Vila, 2014
Autor: Edward Athayde D’Alcântara
Produção: Casa da Memória de Vila Velha
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2020
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