Escelsa implanta o Plano Integrado
Está em fase de formalização o Plano Integrado de Eletrificação Rural, que será desenvolvido pela Escelsa através de um convênio com o governo do Estado e que pretende levar energia elétrica para um maior número possível de produtores rurais com custos mais baixos. O convênio, que já existe entre a concessionária e o Estado, vai receber uma minuta para que o programa seja executado.
Segundo o diretor de Engenharia e Obras da Escelsa, Pablo Tumang, este programa já foi desenvolvido de forma semelhante em 76 e 77 e consiste em um estudo de determinada região para que sejam instalados, além dos troncos principais para levar energia, também os ramais que chegarão até as propriedades rurais. Todas as fases da implantação farão parte de um mesmo projeto, o que permite ao produtor um gasto muito menor para levar a energia até sua propriedade.
Escelsa assume
Antes, a energia era levada até o meio rural através da implantação de um tronco principal construído com recursos do Estado e da própria Escelsa, cabendo ao produtor instalar os ramais para que a energia chegasse até sua fazenda. Com este programa integrado, o tronco e os ramais serão instalados pela Escelsa em toda a região a ser beneficiada. Desta forma, pretende-se atender um número maior de produtores sem que o custo de implantação fique alto.
Nos municípios de Conceição do Castelo, Afonso Cláudio e Santa Leopoldina, foram instalados planos pilotos do Programa Integrado e sua aceitação, segundo Pablo Tumang, foi muito boa entre os produtores, apesar de não estar totalmente concluído. Com este programa, a Escelsa e o Estado pretendem atender de 1.700 a 1.800 produtores rurais, instalando 2.700 quilômetros de linhas centrais e ramais. Além disso, está em fase final de elaboração o Programa de Adensamento, que vai levar energia elétrica para áreas onde ainda não existe nenhum tipo de energia e nem troncos centrais instalados. Pablo Tumang explica que este tipo de programa dará facilidade aos proprietários rurais para levar energia até sua propriedade e vai contar com recursos do Estado, Escelsa e proprietário.
Monofásico
O diretor de Engenharia e Operações da Escelsa afirma que a orientação tanto do Estado como da própria empresa é para que sejam atendidos o maior número possível de propriedades, "e isto só vai acontecer se continuarmos a instalar energia através do sistema monofásico, que reduz o custo praticamente pela metade em relação ao trifásico e atende três vezes mais produtores".
Ele explica que os equipamentos das propriedades podem ser movidos pelo sistema monofásico sem problemas. Para as propriedades maiores, onde o consumo de energia também é maior, o proprietário tem a vantagem de conseguir financiamentos do Bandes, através do Geres, e instalar o sistema trifásico, "mas nós continuamos afirmando que o monofásico permite atender um número muito maior de propriedades, pela redução nos custos de implantação". No sentido de melhorar o fornecimento de energia para o Norte do Estado, cuja demanda vem crescendo muito por causa da utilização da irrigação, Pablo Tumang acredita que a construção de novas linhas poderá solucionar o problema. "Serão construídas novas linhas, além de outras subestações, como é o caso de Jaguaré e Bananal para atender exatamente esta demanda de energia provocada pelo incremento da agricultura de irrigação".
Eletrificação adapta-se à realidade sócio-econômica
A elaboração de um novo plano de eletrificação rural no Estado foi concebido ao início do atual governo tendo por objetivo atender a todas as regiões, com tecnologia apropriada à realidade sócio-econômica, mas buscando essencialmente uma maior dinâmica no processo. Para isso, os estudos destacaram a necessidade de uma integração dos organismos normalmente acionados junto às prefeituras municipais.
Desta forma, foram conveniados, com as duas concessionárias locais, a execução de aproximada-mente 177 quilômetros de linhas com as prefeituras, que se responsabilizaram em executar diretamente mais 167 quilômetros de linhas. Além de convênios com as prefeituras, a Secretaria do Interior e Transporte, órgão responsável pela coordenação da política de eletrificação rural, delegou ao Departamento de Edificações e Obras (DEO), a execução de mais 480 quilômetros de linhas de distribuição rural.
Recursos estaduais advindos da quota parte do IUEE, no valor de Cr$ 359,3 bilhões (Cz$ 359,3 milhões), foram também utilizados na implantação de 85 quilômetros de linhas de transmissão e em três subestações. 0s objetivos pretendidos no quadriênio 84/87, foram distribuídos entre as cinco regiões-programa em que o Estado se divide oficialmente, segundo o Plano de Desenvolvimento Regional Integrado (PDRI).
Para cada uma das cinco regiões-programa existe elaborado um plano Regional de Desenvolvimento Integrado, realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves, contendo o diagnóstico da região e a proposição do plano propriamente dito, do qual resultam diversos programas a serem implementados através de projetos executivos.
Resumidamente, as metas deste plano integrado prevê, além de se chegar a 1987 com 35% das propriedades rurais eletrificadas, elevar a produtividade agrícola, incrementar a produção e com isto a arrecadação de ICM, fixar o homem no campo, substituição do uso de derivados de petróleo, eletrificar 10,5 mil propriedades com seus respectivos centros de transformação, e implantar 3,967 quilômetros de linhas de alta tensão.
Fonte: A Gazeta, 10/04/1986
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2015
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