Festa da Penha – Por Edward Athayde D’Alcântara
A festa era esperada com alegria e ansiedade pelo povo canela-verde. Nem mesmo a deficiência de hospedaria na cidade impedia os romeiros de visitar a padroeira. Sempre tinha onde ficar. Uns ficavam na casa de parentes e outros na de amigos ou conhecidos. O crescimento da população neste dia, com a chegada de novos moradores, sempre deixava os canelas-verdes na expectativa de reencontrar velhos amigos. Era um prazer revê-los e colocar em dia as notícias e os acontecimentos vividos por eles.
A dificuldade de transporte enfrentada pela visita era grande; o romeiro vinha de todos os municípios vizinhos a cavalo ou pau de arara, e os moradores de Vitória em lancha e bonde; de São Mateus e de Campos dos Goitacás do Rio, os romeiros chegavam embarcados, aportando no Cais da Prainha. Todos sabiam que seriam bem-vindos e se sentiriam na casa da Mãe Protetora.
As mocinhas aproveitavam a festa para exibirem seu vestido e sapatos novos. Este item indispensável porque os jovens sempre estavam a fim de um flerte e quem sabe, de um novo amor?
A dispersão do povo residente em Vitória ou ao longo da linha de bondes ia até a madrugada; o bonde neste dia trabalhava vinte e quatro horas ininterruptas para transportá-los; diferente dos dias normais quando funcionavam 20 horas.
Fonte: Memória do Menino...e de sua Velha Vila, 2014
Autor: Edward Athayde D’Alcântara
Produção: Casa da Memória de Vila Velha
Compilação: Walter de Aguiar Filho, abril/2020
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