Dilúvio em Vila Velha
As maiores enchentes que Vila Velha já registrou foram as de 1935, 1943, 1960 e a de 2004.
A de 1935 ficou conhecida como a Enchente Centenária, pois foi no ano em que se comemorou o IV Centenário da Colonização do Solo Espírito-Santense. Canoas e pequenas embarcações desciam a rua Luciano das Neves e aportavam nas proximidades do colégio Vasco Coutinho. Da enchente Centenária, não temos registros fotográficos ainda.
Já as enchentes de 1943 e a de 1960 foram bem registradas e é essa que estamos disponibilizando a você. Do Convento da Penha, o capixaba Aníbal Soares fotografou grande parte de Vila Velha tomada pelas águas. As fotos valem também para mostrar como era Vila Velha na década de 60. Edson Quintaes registrou a última grande enchente, em 2004.
Como ocorrem as enchentes?
Nas enchentes as águas avançam sempre para os locais mais baixos, assim como o rio que sempre corre para o mar. A foto panorâmica de Vila Velha nos oferece uma visão geral dos pontos baixos (críticos) da cidade, que continuam sucetíveis a novas enchentes.
As redes de água pluvial e esgoto sofrem influências das marés fazendo com que as águas não escoem. Na Praia da Costa por exemplo, se o nível do antigo Rio da Costa, hoje cohecido por Canal da Costa, subir muito como aconteceu em 1960, o sistema de escoamento fica estanque. A solução para esses casos seria somente por meio de estações de bombeamento e reservatáorios para estocagem de água. Com um controle computadorizado de comportas, esse material excedente aos poucos ia sendo devolvido ao seu leito natural de escoamento.
Na Grande Cobilândia, região mais baixa ainda, os lançamentos são feitos no rio Marinho. Na região de Aribiri, lança-se no rio Aribiri e assim por diante em outras bacias.
Portanto, antes que São Pedro mande mais chuva, precisamos nos antecipar com soluções de engenharia para resolver esse problema que ocorre todo final de ano. Não nos esqueçamos também que o V Centenário já se aproxima (2035).
Editoria Morro do Moreno, 2005
GALERIA:
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