O genial Vitor Meireles no Convento da Penha no ano de 1871
Os pincéis mágicos que imortalizaram as grandes telas históricas de "A Primeira Missa no Brasil", "A Passagem de Humaitá", e "A Batalha de Riachuelo", também estiveram na Penha, manejados pelo genial Vitor Meireles.
Havia o Convento sofrido sérias avarias conseqüentes dos raios que sobre ele caíram, num desafio espetacular da natureza embravecida contra a santidade de seus nichos e de seus altares. Foi preciso socorrer-se das artes para que fosse restabelecida a integridade de sua beleza.
Corria o ano de 1871 e com ele também corria Vitor Meireles para corresponder ao apelo que lhe fora feito.
Não foi propriamente uma visita, mas certamente a oportunidade que se oferecia ao grande mestre da pintura, ao Miguel Ângelo brasileiro, não podia ser melhor. E assim veio, com a alma em festas e o coração palpitante de felicidade, para deixar no tradicional santuário a marca indelével e inconfundível de seu gênio, revivendo em pinceladas inimitáveis — naqueles traços muito seus, característicos e inigualáveis — a história admirável do secular Convento.
Ali deixou Vitor Meireles dez maravilhosas telas. Mais tarde, porém, um sacrilégio surgiria, para fazer desaparecer seis delas. Arrebatadas por mãos criminosas e cobertas de novas pinturas por mãos ignorantes, o que é fato é que o nosso patrimônio artístico se viu, privado da maioria desses grandes quadros.
Restaram quatro e esses, felizmente, lá se encontram e foram renovados pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob as vistas dedicadas e competentes de Edson Mota e a perícia técnica dos Drs. Paulo Barreto e Eduardo Teckler, sob as ordens do Diretor do Serviço, Dr. Rodrigo de Melo Franco de Andrade.
Fonte: O Convento da Penha, um templo histórico, tradicional e famoso 1534 a 1951
Autor: Norbertino Bahiense
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2017
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