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Rezende Ribeiro de Rezende

Rezende Ribeiro de Rezende

Dizem que os filhos costumam ser uma continuação do que foram seus pais. Em relação a REZENDE RIBEIRO DE REZENDE, o mais jovem Reitor de Universidade do Brasil, pode não ser integralmente uma repetição de seu pai, Eurico Rezende, mas em grande parte ele tem se demonstrado um organizador e um educador com a mesma fibra e o mesmo desprendimento do seu progenitor.

Este jovem simples, profundamente sincero em suas amizades, poderia, se quisesse, suceder seu pai no cenário político do Estado e, quiçá, do País, não fosse sua vocação nata para o inestimável trabalho universitário que vem desenvolvendo em Brasília, o qual não trocaria por nenhuma outra coisa do mundo.

Mistura da personalidade de Eurico e Dona Maria Ribeiro de Rezende, o jovem Rezende, com a colaboração de sua irmã Egle Valente Rezende, tem dado dimensões grandiosas à Universidade do Distrito Federal, fundada por seu pai, obra que teve a honra de receber a visita de um Presidente da República, o General Ernesto Geisel, que marcou sua presença inaugurando uma placa que se encontra no prédio principal, como marco consagrador de um trabalho pioneiro e de grande importância para o Ensino Superior Particular no País.

REZENDE RIBEIRO DE REZENDE nasceu no dia 15 de maio de 1943 em Vitória, no tempo em que a Cidade começava a deixar de ser pequena, como cita Luiz Serafim Derenzi em sua obra Biografia de uma Ilha. "Não lhe cabe mais o apelido de 'Cidade Presépio'. Pouco lhe resta do velho casario desarrumado dos séculos XVIII e XIX. Nas ruas enladeiradas de Professor Azambuja, Prof. Baltazar, das Flores, Santos Pinto, já não se vêem pés de sabugueiros, de 'graxas' vermelhas, de perinheiros, de mangueiras e de frutas-pão. Os meninos da cidade alta não vêm provocar com seus 'batalhões' os do Campinho e os da Capixaba. Não se joga gude no patamar de São Francisco nem nos Palames. O Parque Moscoso não é mais ponto de namoro. Não se enfeitam mais as ruas com folhagem para a procissão de São Benedito. A cidade mudou de hábitos e de aparência".

Mas REZENDE pegou ainda a época dos bondes, especialmente o que saía da Praça Costa Pereira para Santo Antônio, onde morava seu tio mais querido, o falecido Antônio Rezende. Esta amizade, que para ele foi bastante significativa, permanece até hoje nas lembranças que tem daquele que se foi, levando consigo todo um acervo de bondade, de espírito de compreensão e grande riqueza de ter sido um homem puro e honesto.

A infância de REZENDE RIBEIRO DE REZENDE não foi diferente da maioria dos garotos de sua época. Fez o primário no Grupo Escolar Gomes Cardim, tendo estudado depois no Colégio Salesiano, no Colégio São Vicente de Paula e no Colégio Estadual. O curso superior ele fez na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC, formando-se em Administração Pública e Empresas.

Casou-se com a Sra. Gerusa Helena Caiado de Rezende, tendo com ela os seguintes filhos: Renato, Victor e Pablo Caiado.

Extrovertido e otimista, vivendo uma existência onde a alegria é uma constante, REZENDE sempre gostou de cultivar amigos e os tem em grande número. Citá-los todos seria impossível, a começar por sua família e a família de Gerusa. 

Com um imenso anseio de vencer na vida, jamais se protegeu sob a sombra política do pai, buscando através do próprio mérito atingir a concretização dos seus ideais.

Isto o levaria a diversas situações, a ganhar experiência própria, a buscar o melhor para si e para a sua família. Todos devem sempre fazer alguma coisa por si mesmos, diz REZENDE RIBEIRO DE REZENDE, motivo por que nunca se deu a hábitos de acomodação, ou de protecionismo. Saiu para a luta como qualquer um, vencendo e convencendo.

Ingressou como funcionário nos quadros do Supremo Tribunal Federal em 1963, em Brasília, onde conquistou a todos por sua dedicação, pelo elevado espírito público e pelo grande número de amizades que lá deixou, quando em 1977 trocou o STF pela UDF onde se encontra até hoje.

Dentre suas mais caras recordações está o dia 18 de dezembro de 1965, quando recebeu no altar da Capela do Colégio Salesiano sua mulher Gerusa para uma convivência que tem sido feliz e, acima de tudo, sólida. Desde então, Gerusa tem sido companheira inseparável do marido, até em suas aventuras em mar aberto, quando vai pescar de mergulho.

Agora, eles trocaram o mar pela vida do campo, numa fazenda-modelo que estão enfeitando de belezas e de conforto, nas proximidades de Brasília, onde além do bom arado usado na terra, criam gado de excelente qualidade. Um empreendimento do qual participam com os filhos e demonstram amor à terra e à natureza. Neste refúgio, REZENDE RIBEIRO DE REZENDE passa alguns fins-de-semana quando pode, repousando e meditando.

Ele tem uma opinião pessoal sobre seu pai, Governador do Estado, e ex-líder do Governo no Senado: é um homem sensacional, diz ele, bom pai, grande amigo, seu maior ídolo. Acha que, como político, Eurico tem demonstrado grande capacidade intelectual e moral.

Já colaborava com o pai na UDF, a "menina dos olhos da família", quando este — então Reitor — teve que deixar a Universidade por ter sido indicado para o Governo do Espírito Santo, fato que muito orgulhou toda a família, especialmente a eles, seus filhos. Então, viu-se o jovem REZENDE elevado à condição de MAIS JOVEM REITOR DE UNI-VERSIDADE DO BRASIL, assumindo suas funções com a firme determinação de levar adiante os projetos do pai. Assim é que, na atual UDF, com uma capacidade para 7 mil alunos, sob a sua direção, iniciará a quarta fase de sua expansão para abrigar mais 6 mil alunos.

Acompanhando sempre os problemas brasileiros, REZENDE RIBEIRO DE REZENDE, quando mais se tornou difícil a crise do petróleo, apresentou um estudo que o Governo poderia transformar em resolução sua, que evitaria o racionamento e o aumento do preço da gasolina. O estudo entregue por ele ao Vice-Presidente da República, Aureliano Chaves, não foi aproveitado pelo Governo — infelizmente — quando seria a mais acertada e correta solução para os problemas de combustível do Brasil.

Guarda felizes recordações de sua vida na mocidade, convivendo com uma geração com graves compromissos assumidos com o futuro, nunca conseguindo fugir à nostalgia do mar que, muitas vezes, no Planalto o assalta, fazendo-o recuar no tempo e reviver em suas lembranças sua infância e os amigos que deixou em Vitória.

Reconhecendo que o dinheiro é essencial aos que se propõem construir algo na vida, REZENDE RIBEIRO DE REZENDE prefere achar que mais importante que o dinheiro é viver com a consciência tranqüila e utilizá-lo em benefício dos que precisam e não encontram muitas vezes o meio de obtê-lo sem a ajuda dos mais afortunados. O dinheiro, diz ele, é importante na medida em que ajuda as pessoas a viverem. Quanto a ter status é problema de cada um. O status que para um pode ser muito importante, para outro pode não significar nada, especialmente se a pessoa prefere viver sua vida sem dar importância às futilidades criadas no meio social.

Se todo jovem encarar a vida como ele o fez, sem medo, sem receios e com firme determinação, atingirá os mesmos objetivos que foram por ele e outros alcançados. O importante é ter força de vontade, é buscar sempre uma realidade em lugar de um sonho. O mundo precisa do apoio da massa jovem, na medida em que ela vai se tornando responsável pelo destino da Humanidade, em sua transição da juventude para o amadurecimento.

REZENDE RIBEIRO DE REZENDE, Reitor, Administrador de Empresas, chefe de família, amigo certo das horas incertas, continuará pensando como o filósofo que disse: "TANTO QUANTO O PÃO QUE RECEBE, O HOMEM QUE TEM FOME É ÁVIDO DO SORRISO DAQUELE QUE O DÁ". Ele tem sabido dar e receber sorrisos de retribuição, porque acima de tudo é um homem puro, um excelente caráter e uma alma marcada pela generosidade.

 

Fonte: Personalidades do Espírito Santo. Vitória – ES. 1980
Produção: Maria Nilce
Texto: Djalma Juarez Magalhães
Fotos: Antonio Moreira
Capa: Propaganda Objetiva
Compilação: Walter de Aguiar Filho, agosto/2020

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