Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

A Barra do Jucu de há pouco

O Artista Kleber Galvêas

Observação: Este trabalho foi concluído em 2003. De lá para cá, 2006, grandes transformações foram operadas na Barra. A metalúrgica União dobrou de tamanho e criou a Associação Corina Leite. Surgiram várias pousadas. O comércio abriu novos e variados pontos. Casas sofisticadas e prédios foram construídos. Temos duas escolas públicas, primeiro e segundo grau. Um posto médico/dentário (a dengue e falta de saneamento são problemas). Um aeroclube. A praça e cinco ruas estão calçadas. Não há supermercado, agência de correio, nem bancária. O cemitério foi duplicado nos anos 90 e já está lotado com defuntos importados. A Barra nunca elegeu vereador. Um lote de 350 m2, no centro custa cerca de R$40 mil ou R$20 mil e 1 Kg de peixe barato custa R$4,00, o de primeira, R$16,00. O pão francês, R$0,20. A vida noturna está agitada, com muitos shows ao vivo: Barracustico, Barroco, Taberna da Madalena e Bar do Rony. O Aloha de Maristela virou café. Nena lança sua revista virtual (WWW.taru.art.br). Daniel fabrica tambores, e seu genro, Vitalino, casacas. A família toda está no congo, com Glecyr e Humberto. Ana e Juninho mantêm A Crônica circulando. Waldecir, grande seresteiro, faleceu vítima de abelhas na manhã do dia 7 de fevereiro de 2006. Seu Pedro está sempre atento na minha rua e Carlos dá duro na oficina de móveis. A venda do Rui e a padaria do Carlinhos são comércios antigos. Lyanna e Felipe continuam atletas. Roberto e sua cantina fazem sucesso. Rodrigo e família desenvolvem o Rancho Forte. João Carlos lança livro falando da Casa da Égua e Barra. Seu Alarico, D. Rosinha e Seu Máximo, sempre calmos, passeiam. Lula e amigos podam caprichosamente as árvores da rua. D. Geralda conserva bonitos seus cabelos brancos. D. Tereza e Paulo Nunes mudaram da Barra. Messias, no canto da Barra, continua reinando. O Francichetto, iniciado com Eliseu e Toninho, tem hoje Sergio e suas irmãs no comando. João Luiz, pai de três, cuida da segurança e Alexandre virou empresário. O pastor Alexandre amplia sua casa. O jornalista José Roberto Santana veio morar na pousada do Tô. Wasty cria escola de música para crianças e Maria, viúva de Darly Santos, abre seu ateliê. O pintor     francês Philipe se estabelece aqui, num apartamento de Chico e Zezé Calazans. A pintora Heidi Liebermann continua vindo da Alemanha todos os verões. Rosinha e Júlia estão sumidas. A Barra tem duas fábricas de telas para pintura. D. Didi do Barramar é eleita Miss Terceira Idade do ES. Atletas campeões mundiais como Renato Costa e Neymara são festejados. Jornalistas residentes como Pedro Maia, Rubinho Gomes e Eustáquio Palhares, prestigiam a Barra. Nenna B. agita com sua visão de vanguarda. César Guedes venceu concursos internacionais de design e, com Regina, esperam o segundo filho barrense. Dr. Hugo Musso multiplica e espalha mudas de orquídeas e bromélias no seu jardim, de Andreia e de André. Jorge, Borel, Balunga e Cristiano estão sempre nesse jardim. Tô expande a Brisa na Barra, sua pousada. Dr. Vitor Santos Neves continua filosofando e Bianca agitando. D. Darcy e D. Nadyr continuam dançando. Rubinho e Rodrigo lançam disco bem cuidado. Jéferson, depois de abrir a cabeça, abre a loja de bicicletas, e seu filho, Vinícius, faz máscaras de carnaval. D. Dorinha e família, Xaxá e Marina, mantêm o congo vivo, assim como Chumbinho, Buchecha e Turma do Seu Zé Silva. João Amaral dá show com seu pandeiro, presente de Clóvis Castelo Miguel. Nelson Abelha zoa e sabe de tudo. Zé Nogueira vai para Santa Catarina levando Magali, Greco, Lucas e Mateus. Depois de Nicau, Vera Maria da Penha finaliza o segundo livro com temática barrense. Celso fez as belas ilustrações. Pierre e Marilia prometem voltar para a Barra. O Projeto Barra Limpa de Marilia aponta os belos jardins da rua e o de Bernadete foi o vencedor do ano. Bell Coelho lança livro de poesias “Real e Fantasia”. Júlio Fabris, o cientista, foi conquistar o mundo com a física. Sandro está começando. O professor Élson é assassinado na Glória. Bergman tem mais filmes da Barra e Chuma, seu filho, grafites fantásticos. Marilena publicou mais um livro. Gabriel, Jânio, Geraldo e Gilberto continuam a tradição de família e constroem casas. Meus tios, Cuca, Renato, Maurício e Dodoca continuam assíduos na Barra e Pota deixou saudade. Tomaz está na França com Érica e Rafael. Fabrício amplia sua academia. Bitão está na Itália e Fabinho mantém a sorveteria. José Olavo canta e muito bem. Carminha comanda a Ama Barra. Marcelo Sputnik, com Marney, fundou uma sucursal do visaoambiental.com. Seu Zé, eletricista, ex-coveiro, sempre pedalando sua bicicleta. Jane da Pousada Koalas é avó, presente do campeão Davy. Tonzinho Braga, com Solange, aplaude Davi, que canta com competência e alegria, na Banda TamborES. Dona Palmira mudou-se da Barra. Bino e Eloisa continuam nos EUA. O fotógrafo Agostinho veio morar aqui perto. O ator Wilian vive na beira da praia. Líllian e Jerry vivem entre Barra e Nona Iorque. Maria Luiza, Lilico e esposa ainda colocam suas cadeiras na calçada. Waleska tenta o pessoal na praça com seus doces. A magra, alta e bela Walkiria luta para se consolidar como modelo. Coronel Calazans e Savinho continuam compondo, tocando e cantando. Derly e Zé Tiburcio esqueceram o carnaval, Valci, não. Patrik Muniz faz o Curta Barra. D. Horonilda deu susto do coração em Quirino, Kika, Marquinho e em toda a família. Solimar está na roça. Sinhô e família sempre simpáticos. Manoel sempre estimado tem tiradas antológicas como seu sobrinho, Julinho Pé de Bicho (“Na boca de quem não presta, quem é bom não vale nada”). Fabiano e Joaquim Canelinha torcem pelo Barrense. Periquito, Jura, Vinicius e Augusto, ex-casacas, dão os primeiros acordes na Banda TamborES. Lobão afina o violão para acompanhar Seu Chiquinho e Dulce. Fabão entrou para o grupo. Léo continua entalhando e Toninho Natural inicia a decoração de muros e postes com alto-relevo colorido. D. Maria, viúva de Dinamérico e mãe do Chef Dinomar e de Danilo, nos fornece fruta-pão. Ernesto Calazans, professor de biologia, curte sua aposentadoria. Lira e Felipe, pioneiros do ultraleve, voam no Aeroclube. Zezé Calazans e Chico estão com a vida ganha. Rita Fialho comanda a “Terceira Juventude”. A Gazeta, Notícia Agora e A Tribuna são vendidos na peixaria do Fernando. Gilberto e Ilna, dentistas competentes, ficaram na Barra. Geraldo, Joana, Caio e Fábio são vizinhos amistosos, assim como Suly Valadares, Tadeu, D. Honorilda, Lula, Gilson, Julita e Seu Vivi. Duda Niero gravou disco, mas hoje é político. Alan Kardec conserva sua casa na nossa rua (Antenor Pinto Carneiro). Seu Antônio Leão, com sua voz grave, tem sempre uma saudação simpática. Dulcinéia e Braz, pais de Alexandre, ganharam Emanuelle. Mineiro das Motos e Noélia cuidam bem do jardim. José Honorato vende panelas de barro. João, Aparecida, Pedro e Gracinha continuam a prestigiar a Barra. Vitalino fez jongo para Seu Zé de Loura, que não se cansa de caminhar. D. Izaura, foliã quase centenária, pulou o último carnaval. Mônica vende roupas e Zé Maria abriu bar na praia. D. Ester e Welington, muito estimados, são da velha guarda. Lia e Paulinho Coutinho, irmãos de Maria Luiza, me fazem lembrar o pai Adédio. Meu amigo Fabiano casa com Renata, minha colega no curso de História. O muro da casa da família do fotógrafo Rogério Zago é um grande painel do Toninho Natural. A Fazenda Camping, sob o comando de Eduardo Pignaton, reinicia shows organizados pelo sobrinho, Juliano. Cristian, filho de Nenzinho, é promessa de campeão. Nenenzera, Bian e Clerinho mantêm oficinas de surfe. Calota é o homem dos eletrônicos. Miriam Moreira tenta resgatar as cirandas com o apoio de Anita, Marilena e Beth Broeto. Zilda fica feliz com Flavinho tocando no Casaca. Seu Írio parou de tocar violão (era o pescador decano). Cláudio Vereza é lançado candidato ao Governo Estadual. Vasco Alves, a Deputado Federal. Zéca leva seu salão para o bairro Tamoio. Laura Flores está em Londres, com Alexandre. Diversos barrenses frequentam a universidade. A Igreja católica ganha anexo em estilo semelhante ao original e abre as portas para o congo. Na fincada do mastro. Morre Sultani Valadares, que em 1955 mostrou a Barra para meu pai. Jorge Prisso e sua família criam a Interbarra (internet). Restaurantes se multiplicando não mais só com frutos do mar. Não existem mais praias desertas. A Ponte da Madalena refeita dá passagem apenas a pedestres e bicicletas. Só resta a matade Jacarenema. Temos uma escola de segundo grau. O Desembargador Jorge Goes Coutinho, nativo da Ponta da Fruta, foi eleito presidente do Tribunal de Justiça. O ateliê de Kleber Galvêas continua funcionando. A Banda Casaca dividiu-se em duas e foi criada uma nova banda de congo (TamborES da Barra). Inaugurada pela PMVV a Casa da Cultura e Cidadania de Vila Velha, com biblioteca e atividades culturais diversas. Augusto e Fabrício criam o Projeto A Grande Roda na Casa da Cultura, promovendo congo e novos valores musicais, todas as quintas. O Coral da Barra se consolida sob a batuta do maestro Fernando Sacomandi. Paulo DePaula apresenta seus autos (Anchieta: depoimento e Auto dos Reis) nas ruas da Barra. Bem-te-vi, sabiá, rolinha, siriri, gaturamo, joão-de-barro, viuvinha, martim-pescador, garças grandes e pequenas, saira, sanhaço, bombeirinho, canário, colero, pardal, socó e garrincha são os pássaros mais vistos. Os peixes mais capturados são: guaibira, baiacu, peroá, sarda, cortadeira, pé-de-banco, boca-de-velho, sargo, pescada, pescadinha, robalo, manjuba, tainha e corvina. De 1974 para cá diminuiu consideravelmente o número de borboletas e mariposas que visitavam nossa casa. Também despencou o número de cigarras, rãs, sapos e pererecas. Animais silvestres como chupati, gambá, porco-espinho, mão-pelada, cachorro-do-mato, jacaré, ariranha não são vistos há mais de 20 anos. Caju silvestre, pitanga, salsa da praia, gajiru, saborosa, guriri, carguejo, cipó-são-joão, pau ferro, tagibebuia e samuma tornaram-se raridade.

 

Fonte: A História da Barra do Jucu. “Gênese da Cultura Capixaba Desenvolvimento Sócio Cultural da Grande Vitória”, ano 2005
Autor: Homero Bonadiman Galvêas
Compilação: Walter de Aguiar Filho, fevereiro/2013 

Bairros e Ruas

Nova Itaparica

Nova Itaparica

Na década de 70, Nova Itaparica, em Vila Velha, fazia parte de uma grande fazenda, conhecida como Baixada Guaranhus. Foram os donos da terra que fizeram os primeiros loteamentos do bairro. A imobiliária Nova Itaparica ficou responsável pela venda dos lotes e também inspirou o nome do bairro.

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

Arrabaldes de Vitória - Os 10 mais frequentados por Eurípedes Queiroz do Valle

Primitivamente a expressão significava o habitante desse arrabalde. Passou depois a significar os que nascessem em Vitória. Hoje é dado a todo espírito-santense

Ver Artigo
Centro de Vitória

Palco de batalhas ferrenhas contra corsários invasores, espaço para peladas de futebol da garotada, de footings de sábados e domingos, praças, ladeiras e ruas antigas curtas e apertadas, espremidas contra os morros — assim é o Centro de Vitória

Ver Artigo
Cercadinho – Por Edward Athayde D’Alcântara

Ao arredor, encosta do Morro Jaburuna (morro da caixa d’água), ficava o Cercadinho

Ver Artigo
Avenida Jerônimo Monteiro (ex-rua da Alfândega)

Atualmente, é a principal artéria central de Vitória. Chamou-se, antes, Rua da Alfândega, sendo que, em 1872, passou a denominar-se Rua Conde D'Eu

Ver Artigo
Poema-passeio com Elmo Elton - Por Adilson Vilaça

“Logradouros antigos de Vitória” sempre me impressionou. Mais de década depois, eu faria a segunda edição desta obra pela Coleção José Costa, dedicada à memória e história da cidade, e que foi por mim criada na década de 90

Ver Artigo